OS 100 anos do compositor, jornalista e autor do histórico e único livro sobre o lendário Café Nice, local de efervescência da música popular brasileira nos anos de 1930 no Rio de Janeiro, Nestor de Hollanda


No final da década de 20 surgia no centro do Rio de Janeiro o Café Nice, estabelecimento bem ao estilo parisiense (não à toa homenageava no nome uma cidade francesa). A casa, localizada na avenida Rio Branco, número 174, tornou-se símbolo de um período de formação da identidade nacional. Lá, se reuniam escritores, cantores, compositores e intelectuais de um modo geral. Era o ponto de encontro dessas pessoas para trocarem ideias e formarem novas parcerias.

Inauguração na Avenida Rio Branco (Rio de Janeiro) do famoso Café Nice – 18/8/1928

“Nice dos poetas e dos cantores
Dos boêmios e dos compositores
Que falta você nos faz.
Hoje a turma chora de saudade
Ao ver sua portas fechadas
Que não se abrirão nunca mais.”
(“Café Nice”, de Otolindo Lopes)
 
Em 1954, Otolindo fez sucesso com o samba “Café Nice“, com Arnô Provenzano, uma referência ao famoso café que existiu na Cinelândia e que abrigava compositores e cantores, e que foi gravado por Risadinha (Francisco Ferraz Neto), um de seus mais constantes intérpretes.

Para celebrar os 80 anos do Café Nice, o Centro Cultural Banco do Brasil apresentou a série musical “No tempo do Nice”, 23 de janeiro a 15 de fevereiro/2009 (sexta a domingo). Quatro espetáculos com canções brasileiras de sucesso e histórias que marcaram o período vivido pelos frequentadores do café.

O evento contou com a participação do escritor, ator e produtor Haroldo Costa que apresentou os espetáculos. A série, dividida por temas, teve dois cantores por show, como Mariana Baltar e Pedro Amorim, Ana Costa e Pedro Paulo Malta, Nilze Carvalho e Marcos Sacramento e no encerramento Áurea Martins e Moyseis Marques.

Fundado em 18 de agosto de 1928, o Nice – como era conhecido pelos clientes – ficou aberto durante 26 anos ao público. E foi justamente na chamada fase de ouro da MPB (1928/1946) que a casa reinou. Compositores como Ari Barroso, Mario Lago, Cartola e Noel Rosa faziam parte da clientela do café.

Uma curiosidade do Nice: o local foi inaugurado dias depois do surgimento da primeira escola de samba e por suas mesas passaram alguns de seus criadores, entre eles Ismael Silva, Bide e Marçal.

Situado na avenida Rio Branco, nº 174, foi inaugurado em 18 de agosto de 1928, funcionando por mais de duas décadas. O ano de fechamento é divergente, nas fontes pesquisadas, 1954/ 1956.

Do lado de fora do Café, ficavam, nas calçadas, as mesas e cadeiras de vime. O interior tinha dois ambientes. Um mais requintado, onde se serviam lanches, chás e bebidas finas, e outro onde eram vendidos cafezinhos, a tradicional média pão com manteiga e bebidas mais simples, local preferido pelos artistas. Foi esse lado do Nice que o tornou famoso; espécie de sede da música brasileira. Lá rolavam amizades, encontros, contratos, compra e venda de músicas, imperando a conhecida máxima de Sinhô de que “samba é igual a passarinho, é de quem pegar”.

Nestor Holanda, jornalista e assíduo frequentador do Nice, relata que ali se realizava, talvez, o maior mercado de música popular do mundo. As transações se davam a qualquer hora, já que o Nice abria cedo e fechava bem tarde. Segundo ele, o pianista e violonista Augusto Vasseur quando estava sem dinheiro ia para o Nice, levando lápis e papel de música. Logo aparecia quem precisasse de uma partitura escrita, pela qual cobrava dez cruzeiros, por peça. Se fosse orquestração cobrava bem mais caro, cem cruzeiros.

Assim como ele era comum deparar-se, nas mesas do Nice, com músicos como Pixinguinha, Benedito Lacerda, Osvaldo Borba, Guerra Peixe, Raul de Barros transcrevendo melodias para o pentagrama, orquestrando, consultando métricas e melodias. Figura curiosa de gênio analfabeto em música era Lamartine Babo. Afinadíssimo já trazia tudo praticamente pronto na cabeça, mas não sabia colocar no papel, aí a turma do Nice resolvia o impasse.

A malandragem, também, corria solta no Nice. Conta-se que certa vez “o compositor Frazão, que vivia em Paquetá, fez uma melodia na travessia da barca da Cantareira e, chegando ao Rio, foi direto para o Nice e pediu ao primeiro músico que encontrou, para escrevê-la. Boêmio e disperso, saiu, em seguida, para uma pescaria com os amigos, por vários dias”. Resultado, quando retornou ouviu sua melodia já gravada, em nome de outro, que comprara do tal músico. Por essas e outras é que alguns frequentadores diziam, “até as paredes do Nice têm ouvidos para roubar idéias”

Símbolo de uma época de ouro para a Música Popular Brasileira, ponto de encontro de grandes compositores e cantores do Rio de Janeiro, o Café Nice é um capítulo da história da nossa música.

O cantor Gilberto Alves carioca da “GEMA”, como ele próprio de dizia, nasceu no bairro de Lins de Vasconcelos no Rio de Janeiro, no ano de 1915. O primeiro grande êxito de Gilberto Alves junto ao público brasileiro foi a música “Tra La La”, lançada em 1940. Depois veio em 1941″Uma Grande Dor Não Se Esquece”, “Sonhos de Outono”; em 1942, “Algum dia te direi”, “Gavião Caçudo” e “Pombo Correio”, músicas de grande efeito e enorme vendagem de discos. Gilberto conheceu Jacó do Bandolim, então garoto, que viria a ser seu grande amigo, e depois dos 16-17 anos começou a freqüentar os cabarés da Lapa e o Café Nice, travando conhecimento com Grande Otelo e Sílvio Caldas.

Memórias do Café Nice

EDUARDO CANTO
Composição: Geraldo Nunes/ Artúlio Reis/ Monalisa
Ah! Que saudade me dá
Ah! Que saudade me dá
Do bate papo
Do disse-me-disse
Lá do Café Nice
Ah! Que saudade me dá
De cadilac chegava o Chico Alves
Logo no samba queria entrar
E Ismael só na de pão com manteiga
Até esquecia a nega pra poder ficar
E o samba varava a madrugada
O Café Nice era um pedaço do céu
Num canto batucava João de Barro
Lamartine, Pixinguinha,
Almirante e Noel

Ah! Que saudade me dá…

Caymmi sem barriga e sem madeixas
Mostrava a Carmem o que é que a baiana tem
Ary Barroso no piano reclamava
Que Donga fez um samba que não é de ninguém
E o samba varava a madrugada
O Café Nice amanhecia em festa
Cartola afina a viola
Que pena que agora só a saudade é que resta

Ah! Que saudade me dá…

Fontes pesquisadas: Almanaque do Samba, de André Diniz
Os grandes sambas da História, fascículos da Ed. Globo.

Vale a pena conferir este blog À Sombra do Café Nice, por Luciano Garcez. O nome do blog tem sua inspiração na música: “À Sombra do Café Nice” canção composta por Luciano Garcez em homenagem ao célebre “Café” do Rio de Janeiro, onde se encontravam grandes compositores e cantores da década de 30 como Francisco Alves, João de Barro, Noel Rosa, Ary Barroso e outros mais.

À SOMBRA DO CAFÉ NICE
(Luciano Garcez)

Rio
beira mar
eu vejo as noites e os faróis
procuro em tua tradição

o som so que é samba e luzir
por que se quer que um samba comente
que a face é difícil
que a chama se apaga
que o verso que a prosa
que tudo intercala-se
tempo e memória
num só tamborim
nas mãos de Ismael
o belo e o triste e a nossa versão
do tal lirismo brasileiro

À sombra do Café Nice
dançamos embriagados
partimos levando o dia em que o bumbo bateu
e na calçada em que piso
ou no momento em que dizes
cantamos o mesmo e a esmo uma rosa se dá.

neste teu sambar
não interessa a avenida
que em tudo há mais que a própria vida
que em nada menos, morte alguma
irá fazer com que se ausente
a lua pastora
o certo brocado
o ponto de vista
de um mero passante
passista farsante
num lúcido som
teu bloco sutil
me ensina o que diz e não diz teu amor
sagrado em sábado
Janeiro

Os 100 anos do compositor, jornalista e autor do livro Café Nice, “Memórias do Café Nice – Subterrâneos da Música Popular e da Vida Boêmia do Rio de Janeiro”

O compositor e jornalista Nestor de Holanda, nascido em 01 de dezembro de 1921, autor do único livro que conhecemos sobre o famoso Café Nice, “Memórias do Café Nice – Subterrâneos da Música Popular e da Vida Boêmia do Rio de Janeiro” (1969, Ed. Conquista), faz cem anos este ano. 

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Com estilo simples o livro consagrou Holanda entre os mais populares cronistas da imprensa diária e entre os autores mais lidos e divulgados em edições sucessivas, no Brasil e em vários outros países. No volume ele descreve as grandes questões da música popular brasileira, conta episódios inéditos da vida boêmia do Rio de Janeiro nos anos em que o rádio vivia sua época de ouro, apresenta o perfil de vários músicos e compositores com bom humor, relembrando histórias, anedotas, apelidos e as situações jocosas vividas pelos que se transformaram em seus personagens. Além disso, faz critica aos plágios e aproveitamentos ilícitos praticados, impunemente, em todos os tempos, pelos compositores no Brasil.

O jornalista Nestor de Hollanda

Nestor de Hollanda (Nestor de Hollanda Cavalcanti Neto) nasceu a 1º de dezembro de 1921, em Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Seu pai, Nestor de Hollanda Cavalcanti Filho, era farmacêutico. Sua mãe, Maria de Lourdes Galhardo de Hollanda Cavalcanti, era médica, filha de Estevão Galhardo, calabrês, e de Joana de Queiroz Galhardo, napolitana.

O pai de Nestor de Holanda contava, apenas, 22 anos de idade, quando faleceu, deixando o filho com 2 anos de idade. Sua mãe, apesar dos 20 anos incompletos, já estava diplomada pela Escola Normal, pelo Conservatório de Música (piano e bandolim) e em pintura e datilografia, numa época em que raramente se encontrava alguém que escrevesse à máquina. Viúva tão cedo, continuou residindo com os sogros, o farmacêutico Nestor de Hollanda Cavalcanti e dona Matilde de Aragão Rabelo de Hollanda Cavalcanti, mas passou a trabalhar para criar os filhos Nestor e Nelby, esta com apenas seis meses de nascida.

Conseguiu cadeira de professora no Grupo Escolar de Vitória de Santo Antão e passou a lecionar, particularmente, inclusive pintura e música. Durante cinco anos, assim viveu. Em 1929, transferiu-se, com os filhos, para o Recife, pois conseguira trocar a cadeira de professora por um cargo na Repartição Estadual do Algodão, e que era de sua propriedade, na rua do Sossego, 235, exatamente a casa que, mais tarde inspirou Nestor de Holanda para escrever o romance Sossego, Rua da Revolução.

Em 1931, Lourdes Galhardo ingressou na Faculdade de Medicina do Recife. Em 36, obteve diploma, tendo sido a laureada de sua turma, e exerceu a medicina até morrer, 1955, no Rio de Janeiro. E é curioso registrar que foi ela a primeira mulher que tirou carteira de motorista em Pernambuco, em 1925, tendo sido forçada a impetrar mandado de segurança para isso – e, em conseqüência, a Inspetoria de Trânsito lhe concedeu carteira, mas de profissional…

A tia paterna de Nestor de Holanda foi outra mulher admirável: Martha de Holanda, casada com o poeta Teixeira de Albuquerque. Estreou nas letras, em 1930, com o Delírio do Nada, apresentado por Alberto de Oliveira, Coelho Neto, João Ribeiro, Júlio Pires, Oscar Brandão e João Barreto de Menezes. Fundou a Liga Feminista Brasileira, foi revolucionária em 30 e a primeira mulher eleitora e candidata a deputado no Brasil, isto devido, igualmente, a mandado de segurança que foi obrigada a impetrar.

Nestor de Holanda fez seus estudos no Recife. Cedo, muito cedo mesmo, ingressou no jornalismo. Ainda no ginásio, dirigiu o semanário A Fama, que acabou preso e proibido por motivos políticos. Sua primeira função: aprendiz de suplente de revisor. E trabalhou na Gazeta do Recife, Jornal Pequeno, Jornal do Comércio e Diário da Manhã.

Aos 17 anos, fez parte de um grupo de jovens que se iniciavam na imprensa e nas letras. O grupo fundou a editora Geração, através da qual Nestor publicou livro de poemas, Fontes Luminosas, que considera, hoje, “uma brincadeira de criança”. Faziam parte de Geração: Guerra de Holanda, Paulo Cavalcanti, Mário Souto Mayor, Sousa Leão Neto, Raul Teixeira, Aristóteles Soares, Dagoberto Pires e outros. E, ainda na mesma época, participou de concurso de peças para operários, promovido pelo Governo do Estado, mas seu trabalho foi preso e proibido. Tinha o título Mais tem Deus… A censura policial deu fim aos originais…

Contando com o estímulo de Valdemar de Oliveira, o grande realizador do teatro pernambucano, Nestor escreveu a comédia-histórica Nassau, que obteve êxito marcante, inclusive através da Rádio Clube de Pernambuco, quando transmitida por iniciativa de Luiz Maranhão. E produziu várias outras comédias.

Também na música popular, em diversas ocasiões marcou tentos no famoso carnaval pernambucano, destacando-se os frevos-canções Fala, Pierrô, com Levino Ferreira, Barafunda, com Ernani Reis, O Frevo é Assim, com Nelson Ferreira, e Não deixe a minha companhia, com João Valença, um dos Irmãos Valença, autores de Teu cabelo não nega, marcha adaptada por Lamartine Babo para o carnaval carioca.

Assim viveu Nestor de Holanda, até os 19 anos de idade, no Recife e em Olinda. Nesta cidade, conviveu com os jangadeiros da Z-4 e teve jangada na qual empreendeu longas pescarias de alto mar, o que lhe valeu a experiência aproveitada para escrever o romance Jangadeiros, traduzido em vários países, porque é, sem favor, o maior documentário sobre a tosca embarcação de pesca do Nordeste.

Em 1941, veio para o Rio de Janeiro, em busca de horizontes mais largos. Foi redator de A Cena Muda, Revista da Semana, Brasilidade, Vida, Deca, e das rádios Vera Cruz, Transmissora e Educadora. Convocado para o Exército, esteve em operações de guerra e chegou a sargento. Ganhou aí o apelido de “Sargento Iolando” (por que os recrutas confundiam seu “Holanda” com o cigarro Iolanda 500) e o apelido foi usado, durante toda sua vida, de modo jocoso, pelo próprio escritor.

Voltou à vida civil, depois da Guerra. Reiniciou, então, suas atividades intelectuais. Trabalhou em diversos jornais: Folha Carioca, Democracia, O Imparcial, A Noite, Folha do Rio, Shopping News, Diário Carioca, Última Hora e Diário de Notícias, como repórter, crítico de rádio e depois de televisão, e colunista (mantendo crônica diária), tendo sido também secretário de redação (hoje seria editor-chefe) em vários desses jornais; nas revistas: Manchete, A Noite Ilustrada, Carioca, como colaborador; nas estações de rádio: Clube Fluminense, Cruzeiro do Sul, Clube do Brasil, Globo, Nacional e Ministério da Educação e Cultura – Rádio MEC, como produtor de diversos programas e nas equipes de jornalismo; nas emissoras de televisão: Continental, Excelsior, Rio, onde foi redator e diretor de relações públicas (hoje seria diretor de marketing).

Trabalhou também em diversas agências de publicidade, sendo que na primeira, Sidney Ross, teve como companheiros Giuseppe Ghiaroni, Fernando Lobo, dentre outros, e criou “slogans” que são lembrados até hoje, como “Se a marca é Cica, bons produtos indica”.

Escreveu muito para teatro, desde revistas como A Bomba da Paz, Está em Todas, TV para Crer e Terra do Samba, a comédias como Um Homem Mau e A Bruxa.

Produziu mais de uma centena de composições populares, como Quem Foi?, Seu Nome Não é Maria, Xém-ém-ém (que figurou na trilha sonora de um filme de Walt Disney), Periquito da Madame, Balance eu, Último Beijo, Frevo é Assim, Muito Agradecido, Eu Sei que Ele Chora, Meu Mundo é Você, Vou Procurar Outro Bem, e fez parcerias com Abelardo Barbosa, Amirton Valim, Ary Barroso, Braga Filho, Carvalhinho, Del Loro, Dilu Melo, Elpídio Pereira, Ernani Reis, Fernando Lobo, Geraldo Medeiros, Gomes Filho, Guio de Morares, Haroldo Lobo, Helio Guimarães, Ismael Netto, João Valença, Jorge Gonçalves, Jorge Tavares, Levino Ferreira, Lucio Alves, Luiz Bandeira, Luiz Gonzaga, Manezinho Araújo, Moacyr Silva, Moreira da Silva, Nelson Ferreira, Paulo Soledade, Valzinho, Waldemar Henrique e outros musicistas que deixaram saudades.

Foi um dos fundadores da SBACEM, era fundador da SADEMBRA (Entidades arrecadadoras de direitos autorais em música) e filiado à Sociedade Brasileira de Autores Teatrais – SBAT e à Associação Brasileira de Imprensa – ABI, sendo que fez parte do conselho dessas sociedades e também do Conselho de Música Popular do Museu da Imagem e do Som – MIS, dirigido, na época, por Ricardo Cravo Albin.

Graças a seu estilo leve, bem-humorado, de marcante penetração popular, Nestor de Holanda figurou entre os escritores que mais venderam no Brasil, e esteve entre os mais traduzidos. Livros seus, como Diálogo Brasil-URSS, O Mundo Vermelho, Sossego, Rua da Revolução, Jangadeiros, A Ignorância ao Alcance de Todos, Itinerário da Paisagem Carioca, Telhado de Vidro, Memórias do Café Nice e outros figuraram entre os recordistas de venda, alguns com edições sucessivas, sendo que Itinerário da Paisagem Carioca lhe rendeu o título de Cidadão Carioca, por decisão da Assembleia Legislativa do então Estado da Guanabara.

Eis, portanto, em rápidas linhas, a história desse autor. Um homem que viveu, exclusivamente, de escrever. Jamais exerceu a função que não dependesse, tão-só, de sua pena. E, quando completou, em 1967, 32 anos de atividades na imprensa, viu sair a edição comemorativa do fato, em dois volumes, numa realização da BRADIL, com a seleção de trabalhos de sua seção Telhado de Vidro, na qual se destaca o bom humor do cronista diário, o cronista que, apesar das viagens que empreendeu ao exterior, não deixa de decantar as quatro cidades nas quais mais tempo viveu: Vitória de Santo Antão, Recife, Olinda e o Rio de Janeiro.

Nestor de Holanda faleceu em 14 de novembro de 1970, na cidade do Rio de Janeiro, deixando viúva e casal de filhos.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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  • Castro, Ruy: Chega de Saudade; Editora Schwarcz (1990);
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  • Didier, Carlos e Máximo, João: Noel Rosa – uma biografia; Editora Universidade de Brasília e Linha Gráfica Editora (1990);
  • Dalila Luciana: Ary Barrozo… “Um Turbilhão” – 3 volumes; Livraria Freitas Bastos (s/d);
  • Duarte, Ruy: História Social do Frevo; Editora Leitura S.A. (1968);
  • Gomes, Bruno Ferreira: Custódio Mesquita – prazer em conhecê-lo; Funarte (1986);
  • Gomes, Bruno Ferreira: Wilson Batista e Sua Época; Funarte (1985);
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  • Marighella, Carlos: Por que resisti à prisão; Edições Contemporânea, 1ª edição (1965); Editora Universidade da Bahia; 3ª edição (1995);
  • Mello, Zuza Homem de: A Era dos Festivais – uma parábola; Editora 34 (2003);
  • Meneses, Raimundo de: Dicionário Literário Brasileiro Ilustrado; Edição Saraiva (1969);
  • Paiva, Salvyano Cavalcanti de: Viva o Rebolado! – vida e morte do teatro de revista brasileiro; Editora Nova Fronteira (1991);
  • Saroldi, Luiz Carlos e Moreira, Sonia Virginia: Rádio Nacional – o Brasil em sintonia; Jorge Zahar Editor Ltda. (2005);
  • Severiano, Jairo: Yes, Nós Temos Braguinha; Martins Fontes/Funarte (1987);
  • Severiano, Jairo e Mello, Zuza Homem de: A Canção no Tempo – 85 anos de músicas brasileiras – Vol. 1: 1901-1957; Editora 34 (2002);
  • Tinhorão, José Ramos: Música Popular – do gramofone ao rádio e TV; Editora Ática (1978);
  • Valença, Suetônio Soares: Tra-la-lá – Lamartine Babo; Impressora Velha Lapa (1989);
FONTE
http://www.nestordehollandacavalcanti.mus.br/nestordeholanda/bio.htm
http://www.malaguetanews.com.br/pimentas/cafe-nice-vira-espetaculo-musical

http://blogln.ning.com/profiles/blogs/2189391:BlogPost:39489

http://sombradocafenice.blogspot.com.br/search?updated-min=2007-01-01T00:00:00-08:00&updated-max=2008-01-01T00:00:00-08:00&max-results=2

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http://cifrantiga6.blogspot.com.br/2006/05/1928.html

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