Em 13 de agosto de 1969 o Brasil e o mundo perdiam o ‘bandolim mágico’ de Jacob Pick Bittencourt, o Jacob do Bandolim
Por Leonor Bianchi
Numa sexta-feira, 13 de agosto de 1969, o bandolinista e compositor Jacob do Bandolim, ao voltar de uma visita ao flautista, saxofonista e compositor Pixinguinha, chegou em casa sentindo-se mal. Era o segundo infarto e desta vez, fulminante. Jacob faleceu nos braços de sua esposa, na varanda de casa. Dois anos antes, tivera o primeiro infarto ao se apresentar para uma plateia de jovens aficionados por jazz e bossa nova, ao não aguentar a emoção de ser reconhecido pelos “cabeludos”, como costumava dizer, assim que começou a tocar ‘Murmurando’ do compositor Fon Fon, em uma apresentação. No mesmo ano, em 24 de fevereiro de 1967, Jacob Pick Bittencourt tinha concedido um depoimento para o Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro (MIS/ RJ) em que vaticinava a morte do choro, o fim dos quintais e o clima cada vez mais raro do ambiente chorão. Temia, que com seu desaparecimento, o gênero minguasse, acabasse e até morresse. Naquele fatídico 13 de agosto de 1969, Jacob deixava órfã uma legião de adoradores e seguidores e, mais que isso deixava o front do choro num momento essencial em que mais o gênero precisava de seguidores. Hoje, 45 anos depois de sua partida, vemos sua obra sendo gravada e tocada por chorões de todas as idades e por músicos de todas as nacionalidades.
Os legados de Jacob
O legado de Jacob está cada vez mais difundido. O Conjunto Época de Ouro, criado por ele em 1964 e completando 50 anos de atividade este ano, é um desses legados de Jacob. A sonoridade do conjunto, o trabalho de dois e três violões, a autenticidade do repertório, a fidelidade ao choro tradicional, tudo isso são aspectos que trazem o toque e a herança de Jacob do Bandolim.
O jeito de tocar bandolim e tratar as interpretações é uma outra característica bastante marcante em Jacob que estão presentes até os dias atuais na estética sonora do choro brasileiro. Hoje, vemos muito claramente a distinção entre as escolas criadas por Luperce Miranda, com mais mecanismos e palhetada explosiva, e a escola de Jacob, com a palhetada mais estilizada e interpretações que enaltecem a sonoridade límpida do instrumento.
Déo Rian, nome artístico de Deléio Osório Botelho, foi o bandolinista que mais bebeu da fonte de Jacob do Bandolim. Morador de Jacarepaguá e o único com acesso aos ensaios de Jacob, Déo foi seu substituto natural após sua morte.
Em São Paulo, o bastão ficou com Izaias Bueno, que participou em 1955 e 1956 das ‘Noites de Choristas’ realizadas na TV Record por Jacob. Izaias foi o destaque das duas noites de choristas que a TV produziu.
Joel Nascimento foi outro bandolinista que sempre dialogou com a obra e legado de Jacob do Bandolim. Muito amigo do maestro Radamés Gnattali, pediu-lhe para transcrever a parte de orquestra da ‘Suíte Retratos’, de sua autoria, para um conjunto de choro (três violões, cavaquinho e percussão), que resultou numa forma camerística jamais concebida a esta formação instrumental. A peça fora dedicada a Jacob do Bandolim e gravada pelo mesmo em 1964. Em 1973, Joel procurou Radamés e tocou a obra tendo o maestro ao piano. Joel Nascimento foi o primeiro bandolinista, após Jacob, a executar a música de Radamés. Em 1979, gravou com o quinteto reunido por ele – Os Carioquinhas -, a transcrição feita a pedido dele próprio, no LP ‘Tributo a Jacob do Bandolim’. A partir daquele momento, por ser apresentada por um conjunto de choro, ‘Suíte Retratos’ passou a ser tocada no ambiente popular e, desde então, gravada e admirada pelos maiores músicos brasileiros.
O início dos anos 1970 foi difícil para os chorões. A recente morte de Jacob em 1969 somou-se a morte daquele que até hoje é considerado o maior nome do choro: Pixinguinha. Em 1973 e 1974, com as mortes de Pixinguinha, João da Baiana e Donga, respectivamente, num intervalo curto de tempo, começou-se a achar que a coisa para o lado do choro não ia andar bem dali para frente. Aqueles tempos foram de intensa luta para os cariocas, que ao verem o arquivo de Jacob ser vendido para Cinemateca Brasileira de São Paulo por CR$ 50 mil tiveram que correr e de imediato começar a luta para deixar o arquivo de Jacob em sua cidade natal.
Os anos 70 estavam só no começo e um acontecimento iria marcar toda aquela década e os anos seguintes de forma especial no que tange ao choro: o espetáculo Sarau com Paulinho da Viola, Sérgio Cabral e Conjunto Época de Ouro. O Sarau foi em 1973. Déo Rian foi o bandolinista chamado para o lugar de Jacob, e o Conjunto Época de Ouro, que estava parado desde a morte de Jacob compareceu com Dino, César e Damásio nos violões, Jorginho, no Pandeiro e Jonas, no cavaquinho. Participaram, ainda, o flautista Nicolino Cópia (Copinha) e o compositor Elton Medeiros.
Após o Sarau, o choro ganhou fôlego e viu muitos conjuntos, principalmente de jovens, nascerem. Em 1974, Déo Rian lança seu disco ‘Choros de Sempre’ e o Época de Ouro lança seu disco ‘Conjunto Época de Ouro’. O Acervo Jacob do Bandolim é enfim depositado no Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro (MIS/ RJ) e o choro parece respirar novos ares.
Em outubro de 1977 houve o Festival de Choro da TV Bandeirantes, produzido por Roberto de Oliveira. O festival fomentou a formação de mais jovens grupos de choro. Um desses grupos, Os Carioquinhas, foi a base para o que viria a ser a Camerata Carioca, principalmente, por terem participado com Joel Nascimento da gravação para a redução da Suíte Retratos em um disco e espetáculo feitos justamente em homenagem a Jacob do Bandolim.
Os anos 1980 começaram com o choro se renovando e ganhando novos espaços pelo país. A gravadora Marcus Pereira, fundada em 1973, e a Kuarup, de 1978, davam certa vazão à produção de alguns chorões. Muitos ótimos músicos são revelados neste período. Diversos conjuntos de choro são formados. Em 1989, durante a data de 20 anos de morte de Jacob, foi lançado o livro ‘Jacob do Bandolim’, de Ermelinda A. Paz, e uma bela exposição tomou o Centro Musical Jacob do Bandolim em São João de Meriti, para reverenciar a obra e o acervo do mestre do bandolim brasileiro.
Os anos 1990 chegaram com certo fôlego para o gênero e o legado deixado por Jacob estava cada vez mais forte. No Rio de Janeiro estavam em atividade, por exemplo, os grupos: Galo Preto, Dobrando a esquina, Bem Brasil, Vibrações, Nó em pingo d’água, Conjunto Época de Ouro, Rabo de Lagartixa, Conversa de Cordas, Água de Moringa, fora os trabalhos de instrumentistas e compositores como Altamiro Carrilho, Mauricio Carrilho, Mario Pereira, e outros.
Em 1999, nos 30 anos de saudades de Jacob, o Centro Musical Jacob do Bandolim inaugurou sua fonoteca e o disco do momento era o “Noites Cariocas: um grande encontro do choro”, que reuniu Altamiro Carrilho, Paulo Moura, Zé da Velha, Paulo Sérgio Santos, Joel Nascimento, uma cozinha de cordas com base na Camerata Carioca com Mauricio Carrilho, João Pedro Borges, Henrique Cazes, João Lyra, Luiz Otávio Braga, Omar Cavalheiro e Beto Cazes. Outro grupo que se apresentava naquele tempo era a Orquestra de Cordas Brasileiras. E um acontecimento especial para o choro aconteceria ainda em 1999: a criação da Acari Records, primeira gravadora especializada em choro.
A partir do início dos anos 2000, o Acervo Jacob do Bandolim no MIS/ RJ começou a chamar atenção pelo estado de deterioração em que se encontrava. Um grupo de chorões liderados por Déo Rian e o produtor e compositor Hermínio Bello de Carvalho começaram um projeto de recuperação dos fonogramas e fitas magnéticas do arquivo.
Em 2002 é fundado o Instituto Jacob do Bandolim que, em parceria com a Biscoito Fino, promoveria em 2004 o “Ao Jacob, seus bandolins”, espetáculo gravado ao vivo na Sala Cecília Meirelles, no Rio de Janeiro, em que apresentava-se ao público o Instituto Jacob do Bandolim, os bandolins de Jacob devidamente restaurados pelo luthier Tércio Ribeiro e a obra de Jacob tocada pelos maiores chorões do Brasil.
As comemorações dos 85 anos de Jacob do Bandolim e o primeiro ano do Instituto Jacob do Bandolim, em 2003, não passaram em branco. Uma Roda de Choro na Cobal do Humaitá comemorou o lançamento do “Tributo a Jacob – um registro da sua discografia completa”, organizado pelo pesquisador da biografia de Jacob do Bandolim e um dos fundadores do Instituto Jacob do Bandolim (IJB), Sérgio Prata, e Maria Vicência Pugliése.
Nesses 45 anos sem Jacob do Bandolim, muita luta se empreendeu para resguardar seu arquivo e muitas vitórias foram alcançadas, porém, ainda nos perguntamos o porquê de tamanha naturalidade e descaso público para com a ‘memória’. O arquivo que estava num órgão público, abandonado e com sério perigo de se acabar, precisou do esforço de abnegados e apaixonados pelo tema para que um instituto fosse criado para dar apoio à preservação da memória deste importante nome da música brasileira.
Desde 2002, O IJB oferece a recompensa de R$ 2.000 para quem apresentar ao instituto e ao acervo de Jacob qualquer imagem do bandolinista em movimento, com áudio ou não, mas nada apareceu ainda. O que existe é um vídeo de pouco mais de um minuto de Jacob dando uma entrevista, mas o mesmo está sem áudio.
Em 2004, o projeto ‘Todo Jacob’ coordenado pelo Instituto Jacob do Bandolim na figura dos músicos Sérgio Prata e Pedro Aragão digitalizou 350 gravações de Jacob, gerando um total de 16 CD’s.
De todos os legados deixados pelo incrível bandolinista e compositor que foi Jacob, o que mais impressiona e gera expectativa é o seu acervo, composto de cadernos manuscritos de antigos chorões, discos da primeira fase mecânica do disco no Brasil, partituras de diversos choros, rolos de fitas com reuniões musicais e cartas sonoras…
Desde 2002, o Instituto Jacob do Bandolim busca dar apoio ao MIS/ RJ no cuidado deste acervo para que ele possa chegar às futuras gerações. Recentemente foi finalizado o trabalho de digitalização de todo o acervo de Jacob do bandolim com a entrega pelo IJB ao MIS/ RJ dos 122 rolos magnéticos digitalizados em 5.366 arquivos de áudio.
Jacob do Bandolim hoje é o compositor mais tocado e ouvido do choro, ao lado de Pixinguinha. Sua obra está viva em cada grupo de choro e em cada apaixonado por suas melodias. Torcemos para que esta obra continue viva e seu arquivo receba o tratamento que merece.
Recorte Biográfico
Jacob Pick Bittencourt nasceu em 14 de fevereiro de 1918 na cidade do Rio de Janeiro, mais exatamente na Maternidade Escola da Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro, filho de pai capixaba, farmacêutico, e mãe Polonesa.
Criado na Rua Joaquim Silva, Lapa, foi uma criança incomum. Não podendo sair para brincar na rua, vivia trancado em casa e passou a ouvir um vizinho violinista, que despertou seu interesse por tocar um instrumento musical.
Aos 12 anos ganhou seu primeiro instrumento; um violino, que em pouco tempo foi trocado por um bandolim. Uma amiga da família ao ver o menino Jacob tocando o violino com os grampos de cabelo da mãe disse que ele deveria tocar bandolim e não violino.
Foi aos 13 anos de idade, que Jacob ouviu pela primeira vez um choro. Seu vizinho colocara na vitrola o choro ‘É do que há’, de Luís Americano, recordação que ele levaria por toda vida.
O menino Jacob sempre gostou de frequentar uma loja de música na rua do Senado, Centro do Rio de Janeiro, chamada Casa Silva. Ali, após as aulas, ficava a experimentar cavaquinhos, bandolins, violões… até que um senhor ouvindo-o tocar deu-lhe um cartão para, se quisesse, apresentar-se na Rádio Phillips do Brasil, qual não foi a surpresa de Jacob ao ler o cartão e constatar que o senhor era ninguém menos que o clarinetista Luiz Americano, compositor e intérprete do primeiro choro que ouviu em sua vida. Jacob chegou a ir até à rádio, mas não adentrou a emissora por não se achar ainda preparado.
Vida Musical
Em 1934, com 16 anos, Jacob se inscreveu no ‘Programa dos Novos’, na Rádio Guanabara e venceu 28 concorrentes, recebendo nota máxima de um júri formado, entre outros, por Benedicto Lacerda, Orestes Barbosa e Francisco Alves. Foi imediatamente contratado pela emissora e passou a atuar com o nome de ‘Jacob e sua Gente’ num cast repleto de feras do choro: Benedicto Lacerda, Gente do Morro, Noel Rosa, Augusto Calheiros, Carlos Galhardo, Ataulfo Alves, etc.
Na década de 1930, principalmente a partir da segunda, Jacob firmou-se no ambiente de rádio e trabalhou a partir de então em diversas estações radiofônicas: Rádio Cajuti, Transmissora (atual Rádio Globo), Mayrink Veiga, onde atuava no famoso Programa do Casé e Rádio Ipanema, que posteriormente se tornou Radio Mauá, Rádio Educadora, Fluminense, Rádio Clube do Brasil e Rádio Sociedade.
Em maio de 1940, Jacob se casou com Adylia Freitas, com quem teve dois filhos. Em 1941 nasceu Sergio Freitas Bittencourt, que se tornaria compositor e jornalista, e em 1942, nasce Elena Freitas Bittencourt, que era a paixão de Jacob, sendo ele um verdadeiro pai-coruja.
Por toda segunda metade da década de 1950, Jacob trabalhou contratado pela Rádio Nacional, onde era acompanhado pelo Regional de César Moreno, composto por Arthur Duarte (violão de sete cordas), César Moreno (violão de seis cordas), Índio (cavaquinho) e Luna (pandeiro).
Jacob, ao mesmo tempo em que trabalhava com música, sempre teve outras atividades, mas as contas não fechavam. Um conselho do compositor Ernesto dos Santos – o Donga -, bateu fundo em Jacob. Mais experiente e conhecedor das dificuldades da profissão, Donga convenceu Jacob a prestar concurso público, ideia que o bandolinista abraçou rapidamente, uma vez que só assim via jeito de desenvolver sua expressão e ter certa independência em relação às vontades das gravadoras. Ouvindo atentamente a experiência de Donga, Jacob prestou concurso, sendo nomeado Escrevente Juramentado da Justiça do Rio de Janeiro, porém, continuou tocando cada vez mais seu bandolim.
A discografia de Jacob do Bandolim começa em 1941. A convite de Ataulfo Alves, ele participaria das gravações de ‘Leva Meu Samba’, do próprio Ataulfo e ‘Ai, que Saudades da Amélia’, de Ataulfo Alves e Mário Lago. É de Jacob a levada de cavaco marcante na entrada da música.
A partir de 1947, o bandolinista começa a gravar como solista e vai até 1969 nesta função. Inicialmente acompanhado por César Faria e seu conjunto e posteriormente, depois de 1951 até março de 1960, pelo Regional do Canhoto. Além de ser acompanhado, esporadicamente, por orquestras.
O Nascimento do Conjunto Época de Ouro
Até 1960 Jacob gravava com o Regional do Canhoto, mas nem sempre podia contar com o grupo por conta da agenda cheia do regional, que acompanhava 10 entre 10 cantoras e cantores da época.
Jacob, então, reúne a sua volta, a partir de seus saraus, um grupo de músicos e fixa um conjunto com Horondino Silva (Dino Sete Cordas), César Faria e Carlos Leite (violões), Jonas Silva (cavaquinho) e Gilberto D’ávila (pandeiro). O nome do conjunto fazia menção à ‘Época de Ouro’ da música brasileira e havia sido o nome de um LP de Jacob, de 1957.
Apesar de gravar os LP’s “Chorinhos e Chorões” (1961) e “Primas e Bordões” (1962) com estes músicos, não eram ainda nomeados como Conjunto Época de Ouro. Isso só acontece a partir de 1964, e a primeira gravação com o nome de Conjunto Época de Ouro só acontece no LP ‘Vibrações’ (1967), com a participação de Jorginho do Pandeiro. Depois, Jacob gravaria o lendário show com Eliseth Cardoso e Zimbo Trio, no Teatro João Caetano (1968), no Rio de Janeiro.
Depoimentos sobre esses 45 anos sem Jacob
Déo Rian – Bandolinista e compositor. Foi o primeiro bandolinista a substituir Jacob do Bandolim no Conjunto Época de Ouro. Completou 70 anos este ano e lança, no dia 6 de setembro, um disco com composições próprias, comemorando seus 70 anos.
Joel Nascimento – Bandolinista, com 25 CD’s/ LP’s individuais gravados a partir de 1966 no Brasil e no exterior. Autor de uma série de composições para bandolim e piano. Foi um dos fundadores do Sovaco de Cobra. Joel Nascimento foi o primeiro bandolinista após Jacob a executar a Suíte Retratos de Radamés Gnattali. É um dos fundadores da Camerata Carioca.
Ronaldo do Bandolim – Bandolinista e integrante do Conjunto Época de Ouro desde 1976. Integra também o ‘Trio Madeira Brasil’.
Afonso Machado – Bandolinista, compositor e arranjador, integrante do grupo Galo Preto e da Orquestra Carioca de Choro. Possui vários CDs como intérprete, entre eles Bandolim do Brasil (Rob Digital – 2004) e Que tal? (com a cantora Clarisse Grova – Rob Digital – 2012)
Jorge Cardoso – Bandolinista e compositor brasileiro diplomado na Itália em bandolim clássico pelo Conservatório Giuseppe Verdi com o maestro Ugo Orlandi. Possui mestrado em musicologia pela Universidade de Brasília (2008). Arquiteto desde 1994, trabalha nos Correios desde 1997. É doutorando na Universidade Federal do Ceará na linha de pesquisa Educação, Currículo e Ensino, eixo temático de ensino da Música. Pesquisa e dedica-se à música popular brasileira, realizando palestras e concertos em vários países.
Luís Barcelos – Bandolinista, cavaquinista, compositor e arranjador. Lançou em 2013 o CD “Só Alegria” com Rogério Caetano, Eduardo Neves e Celsinho Silva. Este ano, o instrumentista gravou o disco “Depois das Cinzas”.
Dudu Maia – Produtor musical, bandolinista e compositor. Durante cinco anos foi professor de bandolim da Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello (Brasília), onde elaborou uma metodologia própria de ensino do choro e do bandolim brasileiro, que vem aplicando com sucesso no exterior. Desde 2006 viaja com frequência para os Estados Unidos, Canadá e Europa difundindo sua metodologia. Atualmente apresenta e produz o programa “Casa de Som”, no canal 15 da Net Brasília.
Danilo Brito – Bandolinista e compositor.
Jane do Bandolim – Bandolinista. Apresenta-se com seu grupo Jane do Bandolim e o Miado do Gato, desde 1997. Em 1993, gravou dois CDs com o Grupo Vou Vivendo: Brasil Revive o Chorinho V. 1 e 2.
Alex Mendes – Bandolinista do Conjunto Retratos e criador do portal Chorinho Brasil.
Agnaldo Luz – Bandolinista e compositor. Em 2014 lançou o disco “Agnaldo Luz, Luizinho 7 Cordas & Regional – Homenagem a Toco Preto”.
Elisa Meyer Ferreira – Bandolinista e integrante do grupo Choro das 3. Aos 21 anos de idade realiza apresenta-se com o grupo em turnês internacionais e no Brasil. Compositora e multi-instrumentista, tem cinco CDs lançados, sendo que um deles é de piano solo com obras autorais. Ministrou aulas e se apresentou ao lado de seu grupo no Festival Mandolines du Lunel (França) e Mandolin Symposium (EUA).
Maycon Júlio da Silva – Natural de Cordeiro (RJ), bandolinista, integrante do conjunto de choro ‘Os Matutos’. É professor de bandolim na Escola Portátil de Música, no Rio de Janeiro.
Entrevista com Déo Rian
Nos 45 anos sem Jacob do Bandolim, a Revista do Choro teve um dedo de prosa com o bandolinista Déo Rian. Importante personagem na biografia de Jacob por ter sido o substituto do mestre no Conjunto Época de Ouro, Déo foi testemunha ocular da presença de Jacob no choro, das reuniões caseiras e ensaios a portas fechadas na casa de Jacarepaguá. Neste bate papo Déo nos conta como começou seu envolvimento com o choro, fala sobre seu contato com Jacob e comenta rapidamente sobre o show em comemoração aos seus 70 anos de idade, completados este ano em fevereiro, que acontecerá dia 6 de setembro, na Sala Baden Powell (RJ).
Revista do Choro: Déo Rian, como foi a descoberta do choro na sua vida? Onde? Com quem? Quantos anos tinha?
Déo Rian: Já nasci no choro. O meu avô, pai da minha mãe, fazia rodas de choro em casa, em Jacarepaguá/RJ, com os tios da minha mãe e amigos do meu pai. Eu tinha mais ou menos uns 10 anos.
Revista do Choro: Como e quando conheceu Jacob do Bandolim? Como percebia a personalidade de Jacob, era rigoroso, amável?
Déo Rian: Através do Sr. Milton, nosso amigo em comum, no ano de 1961. Jacob era rigoroso, disciplinado e exigente. Ótima pessoa, queria sempre o melhor.
Revista do Choro: Jacob lhe passou lições ao bandolim, ou foi mais informal esse contato? Como foi esse aprendizado com Jacob?
Déo Rian: Não. Foi mais informal. Foi um amigo. O que eu perguntava ele esclarecia.
Revista do Choro: Fale-nos um pouco sobre como era o ambiente de choro naquele tempo…
Déo Rian: Os músicos tocavam por amor ao gênero. Não viviam do choro. Eram amadores. Cada um tinha seu emprego, geralmente fora da música. Existiam vários lugares para se tocar o choro.
Revista do Choro: Qual foi a primeira música de Jacob que você tocou? Aprendeu como, pelo rádio ou foi com o próprio Jacob?
Déo Rian: Música de Jacob não me lembro. Mas a primeira foi um choro Chamado ¨Saudações¨, de Otávio Dias Moura, gravado por Jacob do Bandolim. Aprendi pelo disco de 78 rotações.
Revista do Choro: Quando o passou a frequentar a casa de Jacob em Jacarepaguá naqueles famosos saraus, tinha-se acesso ao arquivo do Jacob?
Déo Rian: Isso era 1961. Sim, mas só ele mexia no arquivo.
Revista do Choro: Ele franqueava à visitação dos amigos?
Déo Rian: Sim.
Revista do Choro: Comente algum sarau inesquecível que tenha ficado na sua memória? Você tem fotos dessa época?
Déo Rian: Vários. Como os com Tia Amélia, Radamés Gnatalli… mas não tenho fotos…
Revista do Choro: E o espetáculo ‘Sarau’, como foi o movimento que gerou o espetáculo e como você viu a repercussão do mesmo?
Déo Rian: Paulinho da Viola convidou o Conjunto Época de Ouro. Foi ótimo. O Conjunto Época de Ouro voltou a trabalhar bem e eu também voltei a gravar. Divulgou muito o choro, inclusive o choro despertou interesse em muitos jovens.
Revista do Choro: Você chegou a gravar ou a participar de alguma gravação com Jacob?
Déo Rian: Não. Só gravação na casa dele, informal.
Revista do Choro: Em 1969 Jacob deu aquele depoimento ao MIS/ RJ em que afirmou que o choro estava morto. Esse sentimento era forte entre os chorões naqueles fins dos anos 60 início dos 70? Como era comentada esta afirmativa no ambiente chorão?
Déo Rian: Ninguém acreditava que isso fosse acontecer. Houve uma transformação natural com o passar dos anos a começar com a transformação do mobiliário urbano. Os quintais foram acabando e junto com eles as rodas de choro informais que se realizavam naqueles espaços.
Revista do Choro: A morte de Jacob, em 13 de agosto de 1969, deixou seus seguidores órfãos da presença física do grande bandolinista e compositor. Quais lembranças você guarda daquele momento?
Déo Rian: Foi triste a perda de um mestre e amigo. Os chorões ficaram tristes.
Revista do Choro: Após a passagem de Jacob ‘caiu a ficha’ de que ele tinha deixado um fabuloso e importante acervo e que este precisava de cuidados para se perpetuar. Como foi o primeiro momento desta luta, ou seja a preservação de seu acervo? O acervo quase vai para outro estado. Como foi para mantê-lo no Rio de Janeiro, cidade natal de Jacob?
Déo Rian: Por pouco não foi para São Paulo. Mas várias pessoas influentes conseguiram que a Souza Cruz comprasse e doasse para o MIS.
Revista do Choro: Uma vez no Rio de Janeiro, o senhor visitava o acervo? Como era sua relação com este material deixado por Jacob?
Déo Rian: Sim. Já conhecia o arquivo; era fácil pesquisar.
Revista do Choro: Quando será lançado o Acervo Digital de Jacob do Bandolim?
Déo Rian: Compete ao MIS.
Revista do Choro: Déo, este ano você completa 70 primaveras. Como estão as comemorações? Haverá mais comemorações nestes próximos meses?
Déo Rian: Será lançado, em breve, um CD com minhas músicas.
Revista do Choro: Tem algum disco vindo aí?
Déo Rian: Meu CD ‘Déo Rian aos 70’.
Obra:
Composições de Jacob do Bandolim e suas respectivas editoras
Composição Editora
1 – A ginga do Mané BMG /ADDAF
2 – Agüenta Seu Fulgêncio BMG /ADDAF
3 – Alvorada BMG /ADDAF
4 – Ao Som dos Violões BMG /ADDAF
5 – Assanhado BMG /ADDAF
6 – Baboseira BMG /ADDAF
7 – Benzinho BMG /ADDAF
8 – Biruta FERMATA
9 – Boas Vidas BMG /ADDAF
10 – Bola preta BMG /ADDAF
11 – Bole-bole FERMATA
12 – Bonicrates de muleta ADDAF
13 – Buscapé WARNER CHAPPELL
14 – Cabuloso ADDAF
15 – Carícia BMG /ADDAF
16 – Chinelo velho BMG /ADDAF
17 – Chorinho na Praia BMG /ADDAF
18 – Choro de varanda ADDAF
19 – Chuva BMG /ADDAF
20 – Ciumento BMG /ADDAF
21 – Cristal FERMATA
22 – De coração a coração ADDAF
23 – De Limoeiro à Mossoró BMG /ADDAF
24 – Diabinho maluco BMG /ADDAF
25 – Doce de coco FERMATA
26 – Dolente WARNER CHAPPELL
27 – Elena BMG /ADDAF
28 – Encantamento WARNER CHAPPELL
29 – Entre mil, …você ! BMG /ADDAF
30 – Escravo BMG /ADDAF
31 – Eu e você FERMATA
32 – Falta-me você BMG /ADDAF
33 – Feia ADDAF
34 – Feitiço (choro) BMG /ADDAF
35 – Feitiço (valsa) BMG /ADDAF
36 – Foi numa festa BMG /ADDAF
37 – Forró de gala FERMATA
38 – Gostosinho FERMATA
39 – Há nos olhos teus paisagem linda BMG /ADDAF
40 – Heróica BMG /ADDAF
41 – Horas vagas BMG /ADDAF
42 – Implicante BMG /ADDAF
43 – Inocência BMG /ADDAF
44 – Isto é nosso BMG /ADDAF
45 – Jamais ADDAF
46 – Jeitoso BMG /ADDAF
47 – La duchese BMG /ADDAF
48 – Luar no Arpoador BMG /ADDAF
49 – Mágoas BMG /ADDAF
50 – Meu Lamento ADDAF
51 – Meu segredo BMG /ADDAF
52 – Meu viveiro BMG /ADDAF
53 – Mexidinha WARNER CHAPPELL
54 – Migalhas de amor FERMATA
55 – Mimosa BMG /ADDAF
56 – Nego frajola BMG /ADDAF
57 – No jardim BMG /ADDAF
58 – No Retiro do João BMG /ADDAF
59 – No teatro d’alma BMG /ADDAF
60 – Noite sem fim BMG /ADDAF
61 – Noites Cariocas IRMÃOS VITALLE
62 – Nosso romance WARNER CHAPPELL
63 – Nostalgia FERMATA
64 – Nostálgico BMG
65 – O tombo do Patrocínio BMG /ADDAF
66 – O vôo da mosca BMG /ADDAF
67 – Orgulhoso BMG /ADDAF
68 – Para encher tempo BMG /ADDAF
69 – Para eu ser feliz ADDAF
70 – Pateck Cebola BMG /ADDAF
71 – Pé de moleque ADDAF
72 – Pérolas BMG /ADDAF
73 – Pimenta no salão BMG /ADDAF
74 – Por que sonhar? WARNER CHAPPELL
75 – Pra Você ADDAF
76 – Primas e Bordões BMG/ADDAF
77 – Primavera BMG /ADDAF
78 – Quebrando o galho BMG /ADDAF
79 – Receita de Samba BMG /ADDAF
80 – Remeleixo ADDAF
81 – Reminiscências WARNER CHAPPELL
82 – Rua da Imperatriz BMG
83 – Sai do caminho Fermata
84 – Saliente BMG / ADDAF
85 – Salões imperiais ADDAF
86 – Samba não é segredo Direto
87 – Santa Morena BMG /ADDAF
88 – Sapeca FERMATA
89 – Saracoteando BMG /ADDAF
90 – Saudade BMG
91 – Sempre teu BMG /ADDAF
92 – Si alguém soffreu IRMÃOS VITALLE
93 – Simplicidade WARNER CHAPPELL
94 – Tatibitate WARNER CHAPPELL
95 – Ternura ADDAF
96 – Tira poeira BMG/ADDAF
97 – Toca pro pau BMG
98 – Treme-Treme ADDAF
99 – Um bandolim na escola BMG /ADDAF
100 – Vale tudo FERMATA
101 – Vascaíno FERMATA
102 – Velhos tempos BMG /ADDAF
103 – Vibrações BMG /ADDAF
104 – Vidinha boa BMG /ADDAF
Discografia Completa:
Gravações de Jacob do Bandolim em discos 78 rpm (10 polegadas)
Gravadora Continental (4 discos)
Nº série Data Músicas
15.825 Out 47 Treme – Treme – choro (Jacob) / Glória – valsa (Bonfiglio de Oliveira)
15.872 Mar/48 Salões imperiais / valsa (Jacob) / Flamengo – choro (Bonfiglio de Oliveira)
15.957 Nov/48 Remelexo -choro (Jacob) / Feia – valsa (Jacob)
16.011 Mar/49 Cabuloso – choro (Jacob) / Flor amorosa – choro (Joaquim A. S. Callado)
Gravadora RCA Victor (48 discos)
Nº série Data Músicas
80.0602 Jul/49
Despertar da montanha – tango (Eduardo Souto) / Língua de preto – choro (Honorino Lopes)
80.0623 Out/49
Flor do Abacate – choro (Álvaro Sandim ) / Dolente – choro (Jacob)
80.0653 Mai/50
Pé de Moleque – choro (Jacob) / Sorrir dormindo – valsa (Juca Kallut)
80.0667 Jun/50
Numa seresta – choro (Luiz Americano) / Encantamento – valsa (Jacob)
80.0680 Jul /50
Simplicidade – choro (Jacob) / Bonicrates de muletas – choro (Biliano de Oliveira)
80.0688 Ago/50
Mexidinha – polca (Jacob) / Teu aniversário – choro (Pixinguinha)
80.0702 Set/50
Saudações – choro (Otávio Dias Moura) / Graúna – choro (João Pernambuco)
80.0711 Out/50
Choro de varanda – choro (Jacob) / Teu beijo – choro (Mário Álvarez)
80.0745 Mar/51
Mar de Espanha – valsa (Bonfiglio de Oliveira – Rogério Guimarães) / Doce de coco- choro (Jacob)
80.0754 Abr/51
Vale tudo – partido alto (Jacob) / Cristal – choro (Jacob)
80.0767 Mai/51
Lamentos – choro (Pixinguinha) / Siri tá no pau – polca (Miguel A. Vasconcelos)
80.0789 Jul /51
Elza – valsa (A. F. Conceição – Xavier Pinheiro) / Vascaíno – choro (Jacob)
80.0813 Set/51
Bole-bole – samba (Jacob) / Nostalgia – choro (Jacob)
80.0900 Abr/52
Odeon – tango / Saudade – valsa (*)
80.0901 Abr/52
Turbilhão de beijos – valsa / Atlântico – tango (*)
80.0902 Abr/52
Tenebroso – tango / Faceira – valsa (*)
80.0903 Abr/52
Nenê – tango / Confidências – valsa (*)
80.0931 Mai/52
Saxofone, porque choras? – choro (Severino Rangel “Ratinho”) / Eu e você – choro (Jacob)
80.0969 Ago/52
Migalhas de amor – choro (Jacob) / Gostosinho / choro (Jacob)
80.0987 Ago/52
Forró de gala – coquinho (Jacob) / Biruta – partido alto (Jacob)
80.1089 Jan/53
Nosso romance – choro (Jacob) / Reminiscências – choro (Jacob)
80.1122 Abr/53
Tatibitate – choro (Jacob) / Por que sonhar ? – choro (Jacob)
80.1163 Jun/53
Entre mil, …você ! – choro (Jacob) / Pardal embriagado – choro (Patrocínio Gomes)
80.1214 Set.53
Brotinho – baião (Sergio Bittencourt) / Rapaziada do Brás – valsa (Alberto Marino)
80.1226 Out.53
Sapeca – frevo (Jacob) / Sai do caminho – frevo (Jacob)
80.1269 Mar/54
Feitiço – choro (Jacob) / Vidinha boa – mazurca (Jacob)
80.1295 Mai/54
Santa Morena – valsa (Jacob) com orquestra / Saudade – samba canção (Jacob)
80.1344 Ago/54
Bola preta – choro (Jacob) / Saliente – choro (Jacob)
80.1390 Nov54
Toca pro pau – frevo (Jacob) / Rua da Imperatriz – frevo (Jacob)
80.1418 Abr/55
Alvorada – choro (Jacob) / Meu Segredo – choro (Jacob)
80.1434 Abr/55
Benzinho – choro (Jacob) / Ciumento – choro (Jacob)
80.1476 Jul /55
Sempre teu – choro (Jacob) / Um a zero – choro (Pixinguinha -Benedicto Lacerda)
80.1510 Set/55
Nego frajola – samba (Jacob) / Mimosa – polca (Jacob)
80.1565 Mar/56
Tira poeira – choro (Sátiro Bilhar) / Amapá – (Juca Storoni)
80.1596 Abr/56
De Limoeiro à Mossoró – ponteado (Jacob) / Diabinho maluco – choro (Jacob)
80.1608 Mai/56
Revendo o passado – valsa (Freire Junior) / Alma brasileira – valsa (Fernando Magalhães)
80.1627 Jun/56
Só tu não sentes – valsa (José Francisco Costa “Costinha”) / Flor do mal – valsa (Santos Coelho)
80.1638 Jun/56
Agüenta, seu Fulgêncio – choro (Lourenço Lamartine) / Serenata no Joá – choro (Radamés Gnattali)
80.1667 Set/56
André do sapato novo – choro (André Vítor Corrêa) / Carícia – choro (Jacob)
80.1706 Nov/56
Buscapé – frevo (Jacob) / Pimenta no salão – frevo (Jacob)
80.1799 Mai/57
Isto é nosso – choro (Jacob) / Noites cariocas – choro (Jacob)
80.1845 Ago/57 Sofres porque queres – choro (Pixinguinha) / Cochichando – choro (Pixinguinha)
80.1930 Mar/58 Implicante – choro (Jacob) / Mágoas – choro (Jacob)
80.2125 Out/59 Fubá – maxixe (Romeo Silva) / Velhos tempos – choro (Jacob)
80.2182 Fev/60 Parati dançante – choro (Eduardo Souto) / Chorando -choro (Ary Barroso)
80.2223 Mai/60 Gostosinho – choro (Jacob) / Simplicidade -choro (Jacob)
80.2339 Jun/61 Assanhado – samba (Jacob) / Não me toques – choro (Zequinha de Abreu)
80.2427 Set/62 Um bandolim na escola – samba (Jacob) / Falta-me você choro (Jacob)
(*) Jacob Revive Músicas de Ernesto Narareth – álbum BP-1, composto por 04discos em 78 rpm.
Gravações de Jacob do Bandolim em discos 45 rpm (7 polegadas)
Compactos simples (todos são reedições)
Nº série Data Músicas
83.0004 Jul /53
Vale tudo / partido alto (Jacob)
Doce de coco /choro (Jacob)
Obs: Reedição do 78 rpm nº 80.0754 de abril /51 e reedição do 78 rpm nº 80.0754 de mar/51
83.0037 Jun /56
Revendo o passado / valsa (Freire Junior),
Alma brasileira / valsa (Fernando Magalhães)
Obs:reedição do 78 rpm nº 80.1608 de maio/56 e reedição do 78 rpm nº 80.1608 de maio/56
83.0051 Jul /56
Agüenta, seu Fulgêncio / choro (Lourenço Lamartine)
Serenata no Joá / choro (Radamés Gnattali)
Obs: Reedição do 78 rpm nº 80.1638 de jun/56 e reedição do 78 rpm nº 80.1638 de jun/56
83.0074 Ago /57
Isto é nosso / choro ( Jacob),
Noites cariocas / choro ( Jacob)
Obs: Reedição do 78 rpm nº 80.1799 de mai/57 e reedição do 78 rpm nº 80.1638 de jun/56
83.0103 Fev /58
Sofres porque queres / choro ( Pixinguinha)
Cochichando / choro ( Pixinguinha)
Obs: Reedição do 78 rpm nº 80.1845 de ago/57 e reedição do 78 rpm nº 80.1845 de ago/57
Compacto duplo (7 polegadas)
Nº série Data Músicas
583.0015 Nov /56 Derramaro o Gai / coco – por Luiz Gonzaga
Vassouras / xote – por Luiz Gonzaga
André de sapato novo / choro (André Vitor Correa) – reed.do nº 80.1667
Carícia / choro ( Jacob) – reed. do nº 80.1667
Obs: Jacob só participou do lado B, no lado A, o solista é Luiz Gonzaga
Gravações de Jacob do Bandolim em discos 33 rpm
Compacto duplo (7 polegadas)
Gravadora RCA Victor
Nº série Data Músicas
LCD 1104 Set / 64 Assanhado / samba (Jacob) – reedição do 78 rpm nº 80.2339
Não me toques / choro (Zequinha de Abreu) – idem nº 80.2339
André de sapato novo / choro (André Victor Correa) – idem nº 80.1667
Vale tudo / partido alto (Jacob) – idem nº 80.0754
Long Play (10 / 12 polegadas – 38 discos)
Nº série Data Gravadora Título
BPL 3001 Jul/55 RCA Victor ‘Jacob Revive Músicas de Ernesto Nazaré’
BPL 3015 Out/56 RCA Victor ‘Valsas Evocativas’
BPL 3040 Out/ 56 RCA Victor ‘Eles Tocam Assim’
BPL 3049 Out/57 RCA Victor ‘Choros Evocativos’
BPL 3056 Nov/57 RCA Victor ‘Frevos – Vol. 2’
BPL 2 Fev/57 RCA Victor
‘Vinte Anos da Nacional’
BPL 5 Set/57 RCA Victor
‘Jubileu Herivelto Martins’
BBL 1033 Jun/59 RCA Victor
‘Época de Ouro’
BBL 1072 Mar/60 RCA Victor
‘Na Roda de Choro’
BBL 1100 Set/60 RCA Victor
‘Valsas Brasileiras de Antigamente’
BBL 1138 Jul/61 RCA Victor
‘Chorinhos e Chorões’
BBL 1190 Jun/62 RCA Victor
‘Primas e Bordões’
BBL 1203 Ago/62 RCA Victor
‘Valsas e Choros Evocativos’
BBL 1242 Jun/63 RCA Victor
‘Jacob Revive Sambas para Você Cantar’
60.099 (mono) 9066 (estéreo) Ago/64 CBS
‘Retratos’
CALB 5096 Set/66 RCA Cadmen
‘Assanhado’
CALB 5213 Jul/67 RCA Cadmen
‘Era de Ouro’
BBL 1383 Out/67 RCA Victor
‘Vibrações’
CALB 5152 Ago/68 RCA Victor
‘Isto é Nosso’
MIS 004 Set/68 Selo MIS
‘Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim, Zimbo Trio e Época de Ouro – Vol. I’
MIS 004 Set/68 Selo MIS
‘Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim, Zimbo Trio e Época de Ouro – Vol. II’
MIS 006 Set/68 Selo MIS
‘Pixinguinha 70’
Gravações lançadas após o falecimento de JACOB DO BANDOLIM (Ago/69)
CALB 5183 1969 RCA Victor
‘Avena de Castro Relembra Jacob Bittencourt’
CALB 5317 1971 RCA Cadmen
‘Os Saraus de Jacob’
107.0137 1972 RCA Cadmen
‘Alfredo da Rocha Vianna – Pixinguinha’
CCLP 002 1974 Continental
‘Jacob do Bandolim e Waldir Azevedo’ – Série Ídolos da MPB
107.0201 1975 RCA Cadmen
‘Ao Mestre Jacob do Bandolim com Saudade’- série Disco de Ouro
HMPB 07 1976 Abril Cultural Pixinguinha – História da Musica Popular Brasileira
CIS 1976 ———-
‘Chorada, Chorões e Chorinhos’
MIS 025 1977 Selo MIS
‘Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim, Zimbo Trio e Época de Ouro – Vol. III’.
RCA 1070293 1978 RCA
‘Do Arquivo do Jacob’
HMPB 51 1978 Abril Cultural
‘Jacob do Bandolim e o Choro’ – Coleção Nova História da MPB
1-19-405-035 1978 Continental
Os Grandes instrumentistas da MPB – Serie Destaque nº 9 (reedições)
RCA 103.0308 1979 RCA
‘10 Anos de Saudades’ – Jacob do Bandolim – Série Documento
107.0323 1981 RCA Cadmen
‘Valsas Brasileiras’
———- 1986 RCA
‘Viva Jacob’
LB 030 1989 Gravadora Revivendo
‘Chorando’
130.0057 1989 RCA/BMG
‘Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim, Zimbo Trio e Época de Ouro’
Dedicados a Jacob – Discos gravados no Brasil e no exterior, baseados no obra de Jacob
Nº série Data Gravadora Título
CALB 5183 1969 RCA Victor LP ‘Avena de Castro relembra Jacob Bittencourt’
BR 20.055 1979 Atlantic/WEA LP / CD ‘Tributo a Jacob do Bandolim’
31.80.0360 1980 Eldorado LP / CD ‘Inéditos de Jacob do Bandolim’
5099727813821 1990 Sony (Eldorado) LP Jacob do Bandolim – Memória Eldorado
———- 1991 Visom CD ‘Receita de Samba’
T-020 1994 Tartaruga (Japão)
CD Memórias – Obras de Jacob do Bandolim
6127 2 1998 RGE CD ‘Joel Nascimento relendo Jacob do Bandolim’
KCD077 2001 Gravadora Kuarup CD Sempre Jacob
———- 2003 Biscoito Fino CD Ao ‘Jacob, Seus Bandolins’
———- 2004 Radical Jewish Culture – EUA CD Great Jewish Music: Jacob do Bandolim
Links interessantes sobre Jacob do Bandolim:
Áudio da I Noite dos Choristas, TV Record 1955
Parte 1
https://www.youtube.com/watch?v=2KDFXQZlrQQ
Parte 2
https://www.youtube.com/watch?v=MsWwPdqYIEc
Parte 3
https://www.youtube.com/watch?v=kjWab0nftEk
Parte 4
https://www.youtube.com/watch?v=hhktx9uVcK4
Parte 5
https://www.youtube.com/watch?v=WKsgfdRnT_o
II Noite dos Choristas, TV Record 1956
Parte 1
https://www.youtube.com/watch?v=a2s8fGKtpxM
Parte 2
https://www.youtube.com/watch?v=sOkEpD2_a8U
Parte 3
https://www.youtube.com/watch?v=3bagIDMnJIc
Parte 4
https://www.youtube.com/watch?v=C8LsAQJqYsI
Jacob e Radamés Gnattali com Orquestra interpretam Retratos em 1964
https://www.youtube.com/watch?v=V9ssWw7pHtc
Testemunho de Jacob sobre Canhoto das Paraíba, chamado por ele de ‘sacristão’
https://www.youtube.com/watch?v=-vgUa5CFiuQ
Qualificação de Jacob Pick Bittencourt
https://www.youtube.com/watch?v=411K9ocVr_M
Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim, Zimbo Trio e Conjunto Época de Ouro ao vivo no Teatro João Caetano em 1968 Vol. 1
https://www.youtube.com/watch?v=V9ssWw7pHtc
Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim, Zimbo Trio e Conjunto Época de Ouro ao vivo no Teatro João Caetano em 1968 Vol. 2
https://www.youtube.com/watch?v=FzE7mxGm50k
Suíte Retratos interpretada no Disco ‘Tributo a Jacob do Bandolim’ com Radamés Gnttali, Joel Nascimento e Camerata Carioca
https://www.youtube.com/watch?v=QbyJAXHfChU
Gravação caseira da valsa Confidências Ernesto Nazareth
https://www.youtube.com/watch?v=dDiJSCY5oxA
Fontes:
Arquivo Jacob do Bandolim
Arquivo Revista do Choro
Coleção de notícias sobre Choro *Rúben Pereira
Obra e Musicografia completa – www.jacobdobandolim.com.br
‘Jacob do Bandolim’ Ermelinda A. Paz
“Tributo a Jacob – um registro da sua discografia completa” por Sérgio Prata e Maria Vicência Pugliése
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