Esta semana a editora da Revista do Choro, Leonor Bianchi conversou rapidamente com a produtora e diretora do documentário, Francielly Camillo, sobre a campanha de financiamento coletivo para a finalização do filme, que segue até 18 de junho no site da plataforma Kikante.
“Londrina Sorri para o Choro”, contará a história de mais de 50 anos do Clube do Choro de Londrina (um dos mais antigos do país), a partir do depoimento de chorões veteranos, aspirantes e entusiastas. Já foram realizados 9 dias de filmagens no mês de julho de 2015, com mais de 15 pessoas envolvidas na equipe de produção, captação de 17 entrevistas e mais de 20 rodas de choro filmadas. O projeto feito coletivamente ainda está em produção e busca agora financiamento para a sua finalização.
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Revista do Choro: Conte como está o andamento do filme Londrina sorri para o choro. Em que fase está a produção do filme? O que já fizeram e o que falta fazer para finalizar o filme?
Francielly: Bom, nós já estamos montando o filme junto com um editor muito bom aqui de Curitiba, o Fernando Rojas. Nós mesmos íamos editar, mas com as atividades da campanha, editais e tudo mais, achamos melhor passar essa função para alguém que entenda melhor e tem mais disposição para fazer.
No dia 20 de abril (quando lançamos o teaser da campanha de financiamento) estivemos em Londrina e, conversando com algumas pessoas descobrimos que ainda seria legal entrevistar mais gente. A verdade é que tem muita coisa sobre o passado e pouco sobre os novos chorões, aqueles que estão se dedicando a produzir e divulgar o choro hoje. Então vamos entrevistar mais duas pessoas do Regional Maria Boa, composto por estudantes da Oficina de Choro que acontece no Colégio Marcelino Champagnat. Também falta o Edilson Leal (que mora em Brasília) um dos fundadores do Clube, mas que está com o problema de saúde e não pode viajar, além de um pandeirista das antigas; o Ditinho e o Ramon Maciel Romano, um cara que tem se destacado entre os chorões. Faremos essas entrevistas em julho.
Ah, também faltam as imagens de Londrina; queremos algumas aéreas, feitas com drone, por isso estamos contando com a colaboração de um amigo do Cine Guerrilha, uma produtora de audiovisual de Londrina.
Além disso, na última ida a Londrina, captamos algumas imagens durante a Semana do Choro, afinal nunca é demais, né? Eu digo que até a gente entrevistar todos, o filme ainda está se fazendo. Também inscrevemos o filme em um edital de patrocínio da Sercomtel, em abril, e agora estamos esperando o resultado, que não tem data para sair.
Revista do Choro: O filme virou um longa-metragem, afinal?
Francielly: No fim o filme está virando um longa sim, impossível contar tanta coisa num curta-metragem, além disso, temos muitas imagens e horas e entrevistas captadas. Provavelmente terá em torno de 70 a 90 min.
Revista do Choro: O que tem a destacar do roteiro e das personagens entrevistadas no documentário.
Francielly: Continuamos com a proposta de falar do Clube do Choro a partir da sua diversidade na cidade e como ele se molda a qualquer espaço ou público. Temos choro no café, no teatro, no shopping, no aniversário, no casamento, no restaurante, no bar, na casa dos amigos e assim temos choro em todo lugar e por isso, arriscamos dizer que dá para conhecer a cidade somente seguindo a rota de apresentação do Clube do Choro. Além de contar a história de como tudo começou, os chorões das antigas, vamos mostrar como ele se manteve por tanto tempo na cidade e como ainda encanta tantos novos músicos que surgem a cada dia. Sem contar o fato de questionar o choro em Londrina, uma cidade 81 anos, novinha, diga-se de passagem, do interior do estado do Paraná, colonizada por ingleses, japoneses e italianos, como chegou e ficou aqui o choro?
Revista do Choro: Fale sobre a campanha de financiamento coletivo para a finalização do filme; quanto estão pedindo, onde o dinheiro da campanha será investido no filme, e porque resolveram apostar nessa campanha?
Francielly: Bom, a ideia da campanha surgiu quando a gente percebeu o interesse das pessoas no documentário e a vontade de muita gente em colaborar. Assim, lançamos a campanha oficialmente no dia 20 de abril, em Londrina. Organizamos uma roda de choro no Restaurante Dona Menina, um dos grandes apoiadores do projeto e também cenário do filme. Editamos um teaser com uma pitada do que seria o documentário e também convidando as pessoas a colaborar. Após isso fizemos uma campanha intensa nas redes sociais com vídeos, fotos, recompensas para quem doar, etc. O mais incrível foi quando os músicos de Londrina se juntaram e organizaram uma noite do choro com apresentações de vários grupos e regionais. Todo o valor da entrada do evento foi revertido para a campanha. O mais legal é que nós (da produção do doc.) só ficamos sabendo do evento quando eles já estavam divulgando. Ou seja, as pessoas estão se envolvendo mesmo e estamos adorando.
Agora estamos nas últimas semanas e vamos intensificar ainda mais a divulgação. Ainda não conseguimos nem 50% da meta. Muita gente ainda não contribuiu, o pessoal gosta de deixar para a última hora. Então agora vamos ficar na cola do povo para contribuir.
Em todas as apresentações do Clube do Choro em Londrina eles também têm divulgado a campanha, distribuindo panfletos e até mesmo arrecadando dinheiro de quem prefere dar o dinheiro em mãos. A nossa meta é arrecadar 15 mil reais que será usado para: Montagem, Correção de Cor, Desenho de Som, Kits de divulgação (xícara, caneca de chopp, camiseta e impressão do cartaz), cópias do filme em DVD, campanhas de divulgação do projeto e porcentagem da plataforma de financiamento coleto Kickante, onde está cadastrado o projeto. A campanha acaba dia 18 de junho.
Revista do Choro: Há previsão de finalização e lançamento do filme?
Francielly: Queremos finalizar no segundo semestre de 2016 para lançar em abril do ano que vem. Vamos lá, que vai dar tudo certo!