“O Rio de Ernesto Nazareth”: livro retrata, além da vasta produção musical deixada pelo compositor, uma rica iconografia do período em que ele viveu


Redação

Editado pela Fundação Nacional de Artes – Funarte, o livro O Rio de Ernesto Nazareth será lançado no dia 30 de maio, às 19h30, na Livraria da Travessa, no Shopping Leblon, no Rio. Na biografia ilustrada, a autora Beth Ritto traça um panorama da trajetória artística e pessoal de Ernesto Nazareth em sintonia com as transformações da cidade do Rio de Janeiro e do país, no fim do século XIX e início do século XX. Considerado um dos maiores ícones da música popular brasileira, o compositor deixou uma vasta produção musical, onde se destacam valsas, polcas, mazurcas, “schottisches” e marchas carnavalescas.

Acesse abaixo o “book trailer” do livro:

A obra de 128 páginas traz uma extensa e rica iconografia do período, destacando não só os momentos históricos do país como os principais acontecimentos da vida do músico carioca. A apresentação será feita por Leilane Neubarth, jornalista, escritora e apresentadora de telejornal, e por Rosana Lanzelotte, instrumentista (cravista), professora de cravo e de informática para a música.

Jards Macalé, compositor, cantor, violinista e ator, escreveu o texto de apresentação intituladoApanhei-te, cavaquinho, em umas das capas de O Rio de Ernesto Nazareth. Segundo o intérprete, Nazareth ocupa uma posição singular na música do Brasil, desde sua primeira composição, Você quem sabe (uma polca-lundu). Também no texto, Jards ressalta a genialidade do compositor que conquistou a simpatia de nomes importantes da música clássica nacional. “Tocando suas composições no piano do Cine Odeon (para qual compôs seu famoso tango “Odeon”), o compositor despertou a admiração de músicos eruditos como Villa-Lobos, Darius Milhaud, Francisco Braga e Radamés Gnattali, entre outros”.

Sobre Ernesto Nazareth

Ernesto Júlio de Nazareth nasceu no Morro do Nheco (atual Morro do Pinto), na zona portuária do Rio de Janeiro, no dia 20 de março de 1863. Passou seus últimos dias internado na Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, Zona Oeste da cidade, em decorrência de distúrbios mentais. Faleceu no dia 4 de fevereiro de 1934.

Sua primeira composição foi criada aos 14 anos. Em sua extensa produção musical, destacam-se numericamente os tangos (em torno de 90 peças), as valsas (cerca de 40) e as polcas (cerca de 20), destinando-se o restante a gêneros variados, como mazurcas, schottisches, marchas carnavalescas, dentre outros. A obra de Ernesto Nazareth totaliza 212 criações. Suas composições, apesar de extremamente pianísticas, muitas vezes retrataram o ambiente musical das serestas e choros.

imprensabr
Author: imprensabr