‘Imersão em Villa-Lobos’ com Ermelinda Paz


Leonor Bianchi

A professora Ermelinda Paz se destaca no cenário da pesquisa sobre música popular brasileira há mais de cinco décadas já tendo publicado dezenas de livros. Sua produção intelectual é de valor incomensurável, e a imersão que Ermelinda fez na obra de Villa-Lobos ainda não foi superada por outro pesquisador. E é sobre o maestro Heitor Villa-lobos que Ermelinda fala neste podcast gravado com exclusividade para a Revista do Choro.

É uma honra para mim, e um privilégio para o leitor da Revista do Choro ouvir a própria autora comentando a reedição do seu livro Villa-Lobos e a música popular brasileira: uma visão sem preconceitos (Editora Tipografia Musical), capítulo a capítulo.

Vale muitíssimo a pena investir 20 minutos do seu tempo para ouvir esta aula com a professora Ermelinda, e imergir na obra de Heitor Villa-Lobos.

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VILLA-LOBOS E A MÚSICA POPULAR BRASILEIRA

UMA VISÃO SEM PRECONCEITO

de Ermelinda Paz

 

 

Trabalho laureado em 1987, no Concurso de Monografia Villa-Lobos e a Música Popular Brasileira, promovido pelo Museu Villa-Lobos, em comemoração do centenário de nascimento do compositor.Segunda edição

Villa-Lobos é, merecida e indiscutivelmente, o nome de maior evidência da música erudita brasileira. O país se destaca, contudo, pela sua música popular, um caldeirão diverso de tradições e nomes em que cada um forma quase que uma escola própria no seu modo de compor e tocar. Ermelinda A. Paz, em meticulosa pesquisa, nos mostra aqui os frutos do encontro do compositor erudito, leitor inconteste das nossas brasilidades, com os “brasileiros ilustres” da música popular de sua época, seja de modo direto – com Sinhô, Pixinguinha, Donga, Cartola, Dorival Caymmi, Tom Jobim, entre muitos outros –, seja por influência em suas obras – Elizeth Cardoso, Joyce, Nana Caymmi, Edu Lobo, Wagner Tiso, Egberto Gismonti etc. Um rico encontro de troca de reverências, amizades e aprendizados que não deve permanecer escondido ou negado.

Bruno D’Abruzzo – editor

SOBRE A AUTORA: Ermelinda A. Paz tem doutorado por livre docência em Percepção Musical pela UNIRIO. É professora titular de Percepção Musical da UFRJ, professora adjunto IV de Percepção Musical da UNIRIO e membro titular da Academia Nacional de Música. Ocupou por concurso a vaga de Professor de Educação Artística – Música – Rio de Janeiro, sendo lotada na Escola Guatemala, primeiro Centro Experimental do INEP no Rio de Janeiro. Já atuou como professora convidada de Percepção Musical em diversos encontros, congressos, seminários e cursos de férias, além de realizar cursos de pós-graduação na UNIRIO, na UFRJ e na Universidade Nacional de Rosário (Argentina). Tem MBA em Planejamento e Gestão Estratégica na FGV-RJ e curso em Altos Estudos de Política e Estratégia da Escola Superior de Guerra. Integrou o Programa de Pós-Graduação da UNIRIO até outubro de 2018 e, atualmente, é líder de pesquisa do grupo Música e Educação Brasileira/UFRJ/CNPq. Desenvolve intensa atividade de pesquisa em música, tendo já publicado os livros As pastorinhas de Realengo (1987); 500 canções brasileiras (1989, 2010, 2013); Villa-Lobos, o educador (1989); As estruturas modais na música folclórica brasileira (1993); Um estudo sobre as correntes pedagógico-musicais brasileiras (1993); Jacob do Bandolim (1997, 2018); Villa-Lobos, Sôdade do Cordão (2000); Pedagogia musical brasileira no século XX – metodologias e tendências (2000, 2013); O modalismo na música brasileira (2002); Villa-Lobos e a música popular brasileira: uma visão sem preconceito (1ª edição 2004); Edino Krieger – crítico, produtor musical, compositor (2010, 2 v.); além de diversos artigos e ensaios.

Texto orelha esquerda capa

É impressionante a capacidade de síntese, de objetividade na informação, de sinceridade na condução da pesquisa de Ermelinda A. Paz.

Em todos os seus trabalhos existe como que uma flecha que parte em direção ao leitor trazendo o essencial da informação, despojada de adjetivos ornamentais e “achismos” nebulosos.

Na matéria complexa, rica e dificílima que é a vida e obra de Villa-Lobos, Ermelinda navega com a mesma destreza já demonstrada na sua biografia de Jacob do Bandolim. Ela não pretende encerrar o tema. Ao contrário, traz sua contribuição com a certeza de enriquecer o debate em torno da vida musical do Brasil, com todos os múltiplos aspectos em que o talento de Villa-Lobos nos afirma como cultura e nação. É com muito prazer e orgulho que recomendo a leitura desta obra.

Turíbio Santos, diretor do Museu Villa-Lobos de 1986 a 2010

Texto orelha direita capa

Ermelinda A. Paz nos mostra o quanto a música de Villa-Lobos reflete a alma sonora do Brasil e do povo brasileiro. Por intermédio de suas melodias, ritmos e efeitos musicais, empreendemos uma verdadeira e fantástica viagem através dos sons destes Brasis.

Nesta pesquisa profunda e singular, reafirma a postura do próprio Villa quando afirmava: “O compositor sério deverá estudar a herança musical do seu país, a geografia e etnografia da sua e de outras terras, o folclore de seu país, quer sob o aspecto literário, poético e político, quer musical.”

Carioca de Laranjeiras, Ermelinda A. Paz é professora titular da Escola de Música da UFRJ e adjunto do Instituto Villa-Lobos da UNIRIO, além de detentora de vários prêmios em concursos de monografias: Sílvio Romero – 1983, Museu Villa-Lobos – 1987, OEA – 1987, INEP/MEC – 1989, Lúcio Rangel – 1989 e Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro – 1994. É autora de As pastorinhas de Realengo; 500 canções brasileiras; Villa-Lobos, Educador; As estruturas modais na música folclórica brasileira; Um estudo sobre as correntes pedagógico-musicais brasileiras; Jacob do Bandolim; Pedagogia musical brasileira no século XX – metodologias e tendências; Villa-Lobos, Sôdade do Cordão; O modalismo na música brasileira.

Carlos Tannus – UFRJ

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Author: imprensabr