A trindade da música Popular (Afro)brasileira – João da Baiana, Donga e Pixinguinha: redimensionamentos das contribuições das matrizes africanas na formação do choro e do samba


Por João Carlos de Souza Peçanha

Resumo: Esta pesquisa pretende, de uma maneira geral, iniciar um trabalho de redimensionamento da contribuição da matriz africana, da cultura afro-brasileira, na música popular brasileira. Discute conceitos próprios da cultura afro-brasileira, como a Roda, a polirritmia e a relação corpo/música. Para tal, busca focalizar a biografia e a relação dos membros do que chamamos A Trindade da Música Popular Brasileira. João da Baiana, Donga e Pixinguinha eram amigos desde a infância, e se tornaram também parceiros musicais por toda a vida. Cada um dos membros dessa trindade acabou se destacando em uma expressão cultural particular – embora a parceria envolvesse a atuação dos três em todos os gêneros, inclusive os mais afeitos aos companheiros. João da Baiana gravou diversos pontos e curimbas, as chamadas Macumbas. Donga se destacou como compositor e músico dedicado ao Samba. E Pixinguinha foi o grande responsável pela sistematização e consolidação de sua forma e linguagem. Através da relação e da obra dos membros da Trindade, discute-se as fronteiras entre esses gêneros – e as características afro-brasileiras que teriam sido silenciadas em suas musicalidades. Palavras-chave: Samba. Choro. Macumba. Polirritmia. África. Brasil.

Pixinguinha, João da Baiana e Donga, no filme 'Conversa de Botequim', de Luiz Carlos Lacerda, 1972.

Pixinguinha, João da Baiana e Donga, no filme ‘Conversa de Botequim’, de Luiz Carlos Lacerda, 1972.

 

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