Leonor Bianchi
No último sábado, músicos e pesquisadores de choro se encontraram na sede do Clube do Choro em Brasília para o lançamento do projeto Sábado à tarde — Avena de Castro e a vida musical em Brasília nos anos 1960. Com direção da flautista Beth Ernest, a apresentação de sábado reuniu os músicos que participaram da gravação do CD 1 do projeto, com composições do citarista e chorão Heitor Avena de Castro (Léo Benon (cavaquinho), que substitui o cavaquinista Evandro Barcellos, falecido em 3 de março deste ano, Jaime Ernest Dias (violão de 6 cordas) Fernando César (violão de 7 cordas), Francisca Aquino (piano), Valério Xavier (pandeiro), Sérgio Morais e Karla Dias (flautas), Victor Angeleas (bandolim) e Lourenço Vasconcellos (percussão). O grupo 4 Nós, composto por músicos alunos da Escola de Choro Raphael Rabello (Alceu Lacerda (flauta), Astro Luiz (pandeiro), Carlos Torres (cavaquinho) e Victor Ramon (violão 8 cordas), também participou do espetáculo.
No repertório do espetáculo, 16 choros de Avena de Castro: Sábado à tarde, OKIK-RYAS, Evocação de Jacob, Meiguice, Papo de anjo, Dolores, “tomé” que é?, Valsa para uma rosa, Dialogando, O sólo é mio, Denise, Queixumes, Chor’eco, Quando fala o coração, Choro diminuto e Altamirando e Divina flauta, choro escrito para Odette Ernest Dias.
A ocasião marcou o lançamento do projeto iniciado em 2012 e que resultou na concepção de dois CDs: um com composições e outro com gravações restauradas de Avena de Castro; um livro, e um álbum de partituras com 23 composições do citarista.
O citarista e chorão Avena de Castro
Hamilton de Holanda está no CD
Entre os músicos que atuaram no projeto e participaram da gravação do CD1 está o bandolinista Hamilton de Holanda, que fez uma participação especial no projeto, tocando seu bandolim de 10 cordas em um solo na música “Evocação de Jacob”, composição mais conhecida de Avena de Castro.
“Ainda que a preferência pelos andamentos de lentos a moderados possa sugerir que ele tivesse em mente a cítara, seus muitos choros de andamentos rápidos desmentem essa conclusão”, explica Beth Ernest Dias.
