AS GRAVAÇÕES TELEFÔNICAS QUE JACOB DO BANDOLIM FAZIA SEM AVISAR ÀS PESSOAS PARA QUE M ESTAVA LIGANDO


Leonor Bianchi

As gravações telefônicas que Jacob do Bandolim fazia sem avisar a diversas pessoas, como a Pixinguinha, por exemplo, podem ser consideradas atitudes vindas de uma personalidade psicopata.

Você gostaria que eu te ligasse e gravasse a ligação sem você saber? Pois é… Jacob fazia isso com a maior naturalidade, e todo mundo acha isso bonitinho e engraçadinho até hoje.

Ele conduzia, direcionava, fazia o que queria na conversa telefônica para ter aquele acervo pra ele.

Detalhe! Não devemos esquecer jamais, que durante esse período em que ele fazia isso a torto e a direito, o Brasil vivia a ditadura militar e havia uma série de aparelhos do Estado espionando o comportamento dos cidadãos, ainda mais dos artistas. Jacob do Bandolim era escrivão da polícia e com a fala que ele deixa escapar no depoimento direcionada a Pixinguinha no depoimento do músico ao Museu da Imagem e do Som em 1968 já comentado aqui através de vídeo publicado no YouTube (clique aqui para assistir, são mais de 6 vídeos), podemos até supor que ele trabalhasse anonimamente para o Dops., Departamento de Ordem Política e Social, denunciando artistas e intelectuais.

 

É claro que numa a situação como essa, de ligar para as pessoas com o gravador já ligado, ele não ia ser racista e nem ia ficar de gracinha com a pessoa com a qual estava conversando.

No depoimento do Pixinguinha ao Museu da Imagem e do Som é que ele deixa escapar sua personalidade racista, elitista, moralista…. E agora se formos realmente mencionar essa atitude das ligações gravadas sem as pessoas saberem podemos até caracterizá-lo como um psicopata.

Bom, eu não gostaria que alguém me ligasse e não me avisasse que a conversa está sendo gravada. E você? Deixa aqui nos comentários.

E assista ao último vídeo que publiquei hoje falando sobre a denúncia do aprisionamento do acervo de Jacob do Bandolim pelo Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro através da senhora Mariana Pontin, assessora da presidência do museu, que se negou a responder uma solicitação de entrevista feita por mim para homenagear Jacob do Bandolim no seu aniversário ocorrido no último dia 14.

Acompanhe também a suíte deste artigo, pois este aqui é só o primeiro; eu vou começar a falar sobre essas gravações telefônicas que Jacob do Bandolim fazia sem as outras pessoas para quem ele estava ligando saberem que estavam sendo gravadas. Isso é muito sério e ninguém percebe o que está por trás desse comportamento doentio do bandolinista Jacob Pick Bittencourt, tão ovacionado, e para alguns tido como ‘o herói branco da música popular brasileira’. Alguns esses que faturam em cima do seu nome, dessas atitudes absurdas e desse comportamento psicopata do músico.

 

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Author: imprensabr