Leonor Bianchi*

A cidade de Vila Velha, no Espírito Santo, realizou a terceira edição do projeto ‘Chorinho Canela Verde‘, evento que celebra a música e homenageia personalidades da cultura local. Nesta edição uma das mais importantes figuras representativas deste segmento teve seu legado celebrado. Estamos falando de Maria José Pinto da Vitória, mais conhecida como Dona Maria do Bandolim. O Coletivo Criativo Prainha, com apoio da Prefeitura de Vila Velha, organizou essa homenagem, que aconteceu durante o último feriado da Independência do Brasil, dias 6 e 7 de setembro.

As melodias do chorinho ecoaram dentro da Igreja do Rosário, e pela praça Otávio de Araújo, popularmente conhecida como Pracinha da Banca, na Prainha.

Com entrada franca, além da música, os visitantes puderam se deliciar com diversas opções gastronômicas, entre comidas típicas e bebidas diversas.

MULHERES NO CHORO

O festival, que homenageia uma mulher, também destaca no palco desta edição o trabalho de outras mulheres no choro: Adalgisa Rosa, e Gardenia Marques.

O festival foi aberto na quarta-feira, dia 6, na Igreja do Rosário, com a apresentação da cantora Adalgisa Rosa e o violonista César Almeida, na parceria, interpretando uma versão para a música Ave Maria.

Quem seguiu na programação desta noite foi Evandro Bellumat prestando uma homenagem a Dona Maria do Bandolim. Ainda, na praça Otávio de Araújo houve apresentação de Raimundo Machado e seu Grupo, com a participação especial de Marcos Paulo, no clarinete. Bruno Souza e o grupo Três Elementos, com a participação especial do flautista Vinícius Herkenhoff apresentaram ao público um repertório mesclado por clássicos do choro.

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A quinta-feira, dia 7, teve concerto com o Maestro Mauro Sérgio e o grupo Arquivo do Samba, na praça Otávio de Araújo.

E foi com a presença da mulher no choro que o festival encerou sua terceira edição. A artista, cantora, e produtora cultural Gardenia Marques apresentou seu espetáculo ‘Choro Cantado’, prestando sua homenagem a Dona Maria do Bomfim.

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DONA MARIA DO BOMFIM

A data do evento foi escolhida para lembrar o nascimento de Dona Maria, uma musicista e ex-moradora da região, que se destacou em Vila Velha desde a década de 1920. Sua trajetória inclui participações nas salas de exibição de cinema mudo, além de ter acompanhado Altemar Dutra em uma apresentação.

“Dona Maria, que faleceu em 13 de junho de 1988, aos 80 anos, foi uma notável instrumentista do bandolim, algo raro para mulheres de sua época. Compará-la a Chiquinha Gonzaga, mas em sua versão canela-verde, é uma maneira de reconhecer sua luta e resistência no cenário musical e social”, diz o secretário de Cultura e Turismo, Roberto Patrício Junior.

* Com base em texto de assessoria de imprensa da Secretaria de Turismo e Cultura de Vila Velha, assinado por Luiz Eduardo Neves.

Author: imprensabr