Leonor Bianchi
A polca, depois choro, A flor amorosa, composta por Joaquim Antônio da Silva Callado, e depois ‘letrada’ por Catulo da Paixão Cearense, está sempre em destaque na Revista do Choro.
Música que integra o repertório clássico do choro, Flor Amorosa é considerada o primeiro choro da história pela sua forma, a clássica do gênero musical originalmente brasileiro.
O site Música Brasilis define assim a forma clássica do Choro:
“O choro “clássico” possui 3 partes, organizada em forma de rondó, geralmente seguindo o padrão de repetições AABACCA. A primeira parte A está na tônica, a segunda, B, no tom da dominante (ou no tom relativo, se a tônica for um tom menor) e C no tom homônimo. Exemplos: se a primeira parte estiver em Dó Maior, a segunda estará em Sol Maior e a parte C estará em Dó menor. Se a primeira parte estiver em Lá menor, a segunda estará em Mi maior e a terceira em Lá maior. Isso não significa no entanto que todo e qualquer chorinho seja assim. Há muitas variações, inclusive chorinhos com letra e chorinhos-canção. O exemplo de “Odeon” é uma prova de que um chorinho instrumental pode perfeitamente ser cantado”.
Escrevi um extenso artigo contando a história desta música e apresentando diversas interpretações da mesma quando do lançamento da revista, em 2014, e, sempre que posso falo dessa linda flor amorosa amada por todos e que vem a ser também o nome da editora pela qual publico a Revista do Choro e diversos livros; os quais você pode conhecer pelo site Choro Patrimônio Cultural.
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Flor Amorosa no cinema
Hoje, na série “Conhecendo o repertório de choro e suas histórias” conto, num rápido frame, o dia em que o choro virou trilha de cinema e foi interpretado na película de 1958 de uma das pioneiras do cinema brasileiro, a produtora Atlântida. Era o filme “Esse milhão é meu”, dirigido por Carlos Manga.
Interpretada por Francisco Carlos conhecido como El Broto, Flor Amorosa foi acompanhada pelo flautista Altamiro Carrilho e sua Bandinha.
Eis aqui um momento histórico do nosso choro e do cinema brasileiro.
“A Atlântida Cinematográfica foi fundada em 1941, no Rio de Janeiro. Até 1962, produziu 66 filmes. Tinha de tudo: dramas sociais, romances, policiais. Mas, sobretudo, tinha as comédias, muitas delas repletas de números musicais, várias delas sátiras de filmes americanos de grande sucesso, como Matar ou Correr, uma gozação de Matar ou Morrer, e Nem Sansão nem Dalila, em cima do Sansão e Dalila de Cecil B. de Mille. Eram as chanchadas, “gênero cinematográfico de ampla aceitação popular que melhor caracteriza e define o cinema brasileiro das décadas de 30, 40 e, principalmente, 50, produzido majoritariamente no Rio de Janeiro”, como define a Enciclopédia do Cinema Brasileiro, bela obra organizada por Fernão Ramos e Luiz Felipe Miranda”, nos lembra Sérgio Vaz, no site + de 50 anos de cinema
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