A editora da Revista do Choro, Leonor Bianchi, promotora do edital literário que originou o livro Pensadores do Choro, com textos de Sergio Aires (Paraíba) e Vanessa Trópico (Belém), farão o lançamento do livro neste sábado, 25 de abril, com uma grande roda de choro a partir das 16h na Oficina da Gastronomia, no laguinho de Lumiar. Desde o dia 18 de abril Lumiar está recebendo a Semana de Choro, promovida pela centenária Banda Euterpe Lumiarense, e a possibilidade de fazer o lançamento do livro neste período está sendo um presente, segundo a editora da Revista do Choro e proponente do prêmio literário.
Em abril, no dia 23, comemora-se o Dia nacional do Choro. Acompanhe parte da extensa programação que está rolando em todo o Brasil aqui na Revista do Choro.
O livro Pensadores do Choro e seus autores
Com a finalidade de estimular a produção intelectual literária brasileira voltada para o tema choro, a difusão de trabalhos inéditos sobre o gênero musical, assim como a de seus autores, a #e-ditora], hoje Editora Flor Amorosa, e a Revista do Choro promoveram, no final de 2014 o edital Pensadores do Choro. Dividido nas categorias ‘Instrumentos’ e ‘Crônicas e Memórias’, o edital contemplou os textos de Sergio Aires e Vanessa Trópico.
‘O Choro Marajoara de Adamor do Bandolim e um breve relato da História do Choro no Pará
Com o título ‘O Choro Marajoara de Adamor do Bandolim e um breve relato da História do Choro no Pará’, a pesquisadora Vanessa Trópico foi classificada na categoria ‘Instrumentos no Choro’. Em seu texto, ela faz uma ode à atuação e à obra do chorão paraense Adamor do Bandolim.
Nascido na cidade de Anajás – PA, Adamor é músico autodidata. Iniciou sua trajetória em 1958, participando de um programa de calouros, na Rádio Difusora de Macapá. Em suas visitas a Belém, conheceu vários chorões da época, Delival Nobre, Edir Proença, Vaíco, Tota, Catiá entre outros. Em 1979 ingressou no Grupo Gente de Choro.
Participou depois de grupos como Novo Som, Sol Nascente, Manga Verde, Oficina e no folclórico grupo do Urubu do Ver-o-Peso. Em 1992, lançou seu primeiro disco em vinil, Chora Marajó. Em 1999, fez parte do do CD Choro Paraense. Participou ainda de vários projetos culturais como: Música na Praça, Preamar e Seresta do Carmo. Em 2004 gravou o CD Adamor Ribeiro – Projeto Uirapuru Vol. VII. Participou do Festival de Choro de Curitiba concorrendo com 91 músicas, ficando com o 17º lugar com a música Choro Brabo. Teve ainda seu nome incluído no livro Trilhas da Música, editado pela Universidade Federal do Pará. Foi tema de TCC das universidade Federal do Pará e Universidade da Amazônia. No ano de 2004, participou do projeto ‘Uma Quarta de Música’, no Teatro do Centur e teve suas músicas editadas em partituras pelo Instituto de Artes do Pará – IAP. Em 2006 apresentou-se em Brasília no XVI Sarau de Deputados ao lado do cantor e compositor Nilson Chaves, da cantora Andréa Pinheiro e do pianista Paulo José Campos de Melo. Em 2007, Adamor lançou o CD Choro Amazônico, patrocinado pela Petrobrás. Participou do Projeto de Música Instrumental do Interior, com patrocino da TIM. Recebeu o Prêmio Destaque da Música 2008 entregue no 22º Baile dos Artistas em Belém às vésperas de lançar o CD “Lágrimas da minha Ilha”, dedicado àquele que muito se esforçou pela região e construção do museu do Marajó em Cachoeira do Arai, o Padre Giovanni Gallo. O museu possui o maior acervo da cultura marajoara do mundo! O Chorão será enredo da Escola de Samba de Mosqueiro, ‘Universidade do Samba Piratas da Ilha’ com o enredo “Adamor do Bandolim: 40 anos de Glória e Tradição”.
Formada em Ciências Sociais com ênfase em Sociologia pela Universidade Federal do Pará – UFPA, Vanessa Trópico atua como pesquisadora externa no GEMAM – Grupo de Estudos Amazônicos da Universidade Estadual do Pará; é concluinte do Curso de Música com habilitação no instrumento de cavaquinho, ministrado pelo Instituto Estadual Conservatório Maestro Carlos Gomes; cursa também “Teoria Musical: leitura, escrita e percepção”, o qual é ministrado pela Instituição EMUFPA – Escola de Música da Universidade Federal do Pará”; e é membro efetivo da Orquestra de Choro Projeto “Choro do Pará” e do Grupo Musical “Choro Caboclo”, como cavaquinista.
Tudo Culpa do Choro
Este é o título do texto do paraibano Sergio Aires (27), contemplado pelo edital na categoria ‘Crônicas e Memórias’.
Em seu texto, ele narra “como uma roda de choro tocada em Maputo, capital de Moçambique, fez com que largasse um emprego bem remunerado para estudar música. O texto trata do poder da música de transformar vidas e da importância do choro na necessária missão de contar nossa própria história.
Nascido em João Pessoa, é tem formação em Comunicação Social. Em 2009, fez uma viagem que mudou sua vida: passou um ano morando em Moçambique. Foi lá que conheceu o choro e decidiu estudar música. Hoje, cursa bacharelado em flauta transversal.
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