VIOLONISTA DE 7 CORDAS QUE ESTUDOU NA CASA DO CHORO E QUASE MATOU A MULHER ESPANCANDO-A É DIPLOMADO COMO VEREADOR SUPLENTE EM MACAÉ, NA MESMA SEMANA EM QUE RECEBE MAIS UMA DENÚNCIA DE LESÃO CORPORAL CONTRA A JORNALISTA   Recently updated !


Redação

Foi diplomado como vereador suplente, nesta quinta-feira 19 de dezembro, na Câmara de Vereadores de Macaé, o violonista de 7 cordas que espancou quase até a morte a mulher com quem viveu por cinco anos, e em quem aplicou diversos golpes, alguns deles em parceria com a atual esposa, com quem traiu a ex companheira, e com quem vem tentando extorquir dinheiro da mesma através, não somente de golpes financeiros e patrimoniais, como também de processos jurídicos.

O vereador suplente pelo partido de apoio a legalização da cannabis no Brasil recebeu mais uma denúncia na última semana por um dos tantos episódios de agressão física contra a ex mulher, ocorrido em Macaé, onde ele agora vira político.

Violonista de choro muito conhecido na cidade, o novo suplente do Legislativo macaense estudou na escola de choro da Casa do Choro, a Escola Portátil, famosa EPM, maior organismo de ensino de choro do Rio de Janeiro, e se valeu dessa experiência para se apresentar como um novo nome para a Cultura local, durante as eleições deste ano.

Eleito pelo cálculo do quoeficiente eleitoral, e não pelo número de votos, uma vez que teve parcos 71 eleitores, o suplente vai tomar posse no próximo dia primeiro de janeiro de 2025, mas não deve permanecer no cargo por muito tempo, pois uma denúncia contra ele já está em análise no Ministério Público de Macaé, após uma queixa ter sido aberta durante o período das campanhas eleitorais de 2024.

Com diversas mulheres eleitas como vereadoras na cidade, nessas últimas eleições, espera-se que a Casa investigue as denúncias contra o suplente agressor de mulher, e não aceite o cidadão, um estelionatário, como vereador suplente, o que mancharia a imagem do Legislativo de Macaé.

A ex mulher do vereador suplente em questão é jornalista e editora da Revista do Choro, e pelo fato de ter relatado publicamente as agressões e golpes que vem levando do ex marido, vem sendo perseguida há anos no segmento do choro por homens e por mulheres machistas, que apoiam o agressor.

Sentindo-se exausta dessa situação, na última semana ela buscou a Polícia e denunciou o Instituto Jacob do Bandolim, que está envolvido no esquema de perseguição a sua pessoa, e já havia sido denunciado ao MP RJ, em outubro deste ano. Já foram denunciados também ao Ministério Público RJ, pelas perseguições e outros crimes contra ela, a Casa do Choro, e uma servidora do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, que, após lhe dar um golpe, abriu uma representação jurídica contra a jornalista por esta ter contato publicamente sobre o golpe que levara.

Infelizmente, o choro vira patrimônio neste cenário de horror, onde mulheres agridem mulheres e perseguem uma mulher jornalista, que edita a única revista dedicada ao gênero musical que existe no mundo, e defendem o agressor e suas agressões.

Este quadro precisa ser de conhecimento do público, que tem de parar de aplaudir quem aplaude a agressão.

Espera-se, que, agora, com as denúncias tendo sido feitas, as pessoas que defendem o violonista agressor no ambiente do choro percam seu status e poder e sejam duramente punidas pela justiça.

E, mais ainda, espera-se, sobretudo, que o violonista agressor não fique no cargo de vereador suplente, e peca os direitos de se candidatar a qualquer outro cargo público.

Leonor Bianchi, editora da Revista do Choro, após uma das agressões que sofreu do Ruinzinho da Cultura.

Cidade natal do grande chorão e flautista Benedicto Lacerda

Foi em Macaé que nasceu um dos mais conhecidos flautistas de choro que já existiu: Benedicto Lacerda  (Macaé, 14 de março de 1903 — Rio de Janeiro, 16 de fevereiro de 1958), que inclusive dá nome a uma rua próxima à praia, onde fica um beco no qual, tradicionalmente, às quartas-feiras, chorões de diversas cidades da Região dos Lagos (RJ) fazem uma roda de choro, há décadas. A cidade inclusive tem um festival de choro que homenageia Benedicto Lacerda.  Benedicto Lacerda foi um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Autores Compositores e Escritores de Música (SBACEM), que existe até os dias de hoje, e um dos músicos mais requisitados do seu tempo, chegando a ter dupla com o maior flautista de todos: Pixinguinha.

Benedicto Lacerda

Será a primeira vez na história do choro e de Macaé, cidade de chorão, que um violonista de choro agressor de mulher virará vereador suplente, maculando totalmente a tradição do choro na cidade e, com certeza, a história deste gênio do choro que foi Benedicto Lacerda, que de onde estiver, deve estar com muita vergonha de tudo isso.

A Revista do Choro não poderia presenciar tal fato sem noticiá-lo. Esse tipo de atrocidade de ver homem agressor de mulher em cargo público, em cima de palco, tocando com verba pública e sendo aplaudido por quem não sabe quem ele é fora do palco, precisa definitivamente acabar em nosso país.

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Author: imprensabr