Leonor Bianchi
A Hemeroteca Digital do Choro relembra a passagem do grupo Os Oito Batutas pelo interior de São Paulo, em 1920.
Conheciam-se, como em geral se conhecem os músicos, de encontros casuaes. Dous delles, o ‘Donga’, e ‘Pernambuco’, moraram numa república e, às vezes, lá se juntavam os outros nas tocadas. Foi numa delas que organizaram o grupo ‘Caxangá’, o sucesso do carnaval de 1912. Daí em diante todos os anos o grupo aparecia deliciando com as suas músicas os foliões.
Em 1918, porém, eles apareceram em conjunto pela primeira vez em um logar determinado. Foi em um coreto armado na rua Sete, em vésperas do Carnaval. Depois foi no Club da Tijuca e em outros logares, até que o Cine Palais os contratou e o baptismo do grupo dos Oito Batutas foi feito para goso dos frequentadores daquele cinema, vindo gente de toda parte para ouvi-los. Estavam popularizados.
Agora, os Oito Batutas grupo do Pixinguinha (Alfredo da Rocha Viana), o flautista exímio; João Pernambuco Teixeira Guimarães, o cantor e violonista; Donga (Ernesto dos Santos), cantor e violonista; Raul Palmieri (Bico Doce), violonista; Jacob Palmieri (Miúdo), pandeiro; Otávio Viana (China), cantor e violonista; Nelson Alves (palombeta), cavaquinho; Luiz Pinto da Silva (Pintassilgo). Grupo que tem como secretário o Zezé, José de Lima, veio de S. Paulo e Minas onde continuou o seu sucesso, e vai fazer uma excursão ao Norte preparando outra as repúblicas platinas. Antes vieram fazer uma visita gentil à A Noite.