Redação
O Choro Pro Santo nasceu em 2005 com a proposta de interpretar música brasileira com a fusão de compositores clássicos de várias épocas. A principal característica do grupo é a junção de três instrumentistas virtuoses numa formação inusitada e original. Em meio aos arranjos do grupo – que toca desde Pinxiguinha, Hermeto Pascoal, Baden Powell e Ataulfo Alves a Vila Lobos, Albinoni, Tchaikovsky e Stravinsky -, são interpretadas também composições próprias. O conjunto baseia seus ritmos no samba, baião e choro. Uma grande característica do grupo é a de trabalhar emoções e afetividades através de trechos incidentais com trilhas de filmes, desenhos, sons do cotidiano, músicas emblemáticas de várias fases e estilos, como rock, jazz e erudito com muita sensibilidade, domínio e irreverência. Com a formação de Adriano Dias: violão de sete cordas e rabecolão, Thadeu Romano: acordeão, Fábio Bergamini (Babi): bateria e percussão, o Choro Pro Santo já se apresentou em vários estados e capitais do país, como Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro.
Em suas apresentações, os músicos instigam e emocionar várias faixas etárias devido aos temas e às misturas estilísticas empregadas no repertório. No decorrer do show é comum notar sorrisos de prazer quando um tema é reconhecido, seja esse tema de um filme, um concerto, sonata, chorinho, desenho animado, etc.
Segundo os músicos do grupo, eles têm a preocupação de colocar a técnica e o conhecimento como veículo de uma música que cause emoção e prazer aos ouvidos, a não usar a música como mero veículo de demonstração para virtuosismos técnicos.
Os integrantes
Adriano Dias – Músico autodidata começou a compor peças para violão e canções desde os 14 anos. Em 95 ingressou no curso de Composição na Unicamp onde aperfeiçoou estudos de regência, arranjos e composição com Almeida Prado, Ulisses Rocha, Raul do Valle, Damiano Cozella, Cyro Pereira e Eduardo Ostergren. Pesquisador de sonoridades e divulgador do violão brasileiro virtuosístico, em especial o de 7 cordas.
Acompanhou artistas como Na Ozetti, Hermeto Pascoal, Monarco, Nei Lopes, Moacir Luz, Nelson Sargento, Guilherme de Brito, Noite Ilustrada, Jards Macalé, Roberto Luna, Walter Alfaiate, Luis Carlos da Vila, Wilson Das Neves, Dona Inah e muitos outros. Como maestro regeu a orquestra da Unicamp e vários corais da região de Campinas.
Participação e citação no livro-projeto “Heranças do Samba” (Aldir Blanc, Hugo Sukman e Luis Fernando Vianna, ed. Casa da Palavra) que faz um apanhado geral do samba e seus compositores.
Fundador e arranjador do grupo vocal-instrumental Quarteto de Cordas Vocais, conjunto responsável por ampla divulgação da música brasileira e das rodas de samba no Estado de São Paulo, representou o Brasil em 2010 na embaixada brasileira em Genebra! Este grupo teve o disco “Pra Cantar a Batucada” indicado para o Prêmio de Música Brasileira de 2015.
Fábio Bergamini – Baterista recém-chegado de Portugal, onde atuou por dois anos como baterista do grupo Madredeus. Formado em música pela Unicamp, Fábio complementou seus estudos nos Estados Unidos, onde estudou bateria com John Hazzila (Berklee) e fez o curso “World Percussion” com o professor John Bergamo no Instituto de Artes da Califórnia (Calarts). Em 1997 esteve em Moçambique e na África do Sul pesquisando e tocando a música africana. É educador desde 1995, quando começou a dar aulas de percussão e bateria no Conservatório Carlos Gomes. Lecionou por sete anos no Colégio NotreDame e também em escolas como a Nova Escola, Colégio São Bento, Chorus Music School, EMT-IPT Campinas e Escola de Música de Cascais em Portugal. Participou de projetos sociais, sendo coordenador da banda “Bate Lata” em Campinas e do grupo de percussão da instituição CECÓIA em Sousas. Como músico, Fábio Bergamini tocou com diversos nomes importantes da música brasileira como: Ana Cañas, Altemar Dutra Jr., Izabel Padovani, Roberto Menescal, Flávia Bittencourt, Luis Melodia, Ana Karam, Daisy Cordeiro, Taís Reganelli, além de grupos instrumentais como Banda Urbana, Marcelo Onofri grupo, Michel Freidenson trio, grupo Comboio, entre outros. Em junho de 2008 foi convidado a integrar o grupo português Madredeus, com quem gravou três CDs e um DVD ao vivo. De 2008 a 2010 esteve viajando pela Europa, fazendo concertos em Portugal, Espanha, Alemanha e Polônia. Cursou em Portugal o primeiro ano do mestrado em etnomusicologia na Universidade Nova de Lisboa. Atualmente é coordenador do projeto de implementação das aulas de música no município de Valinhos e ministra o curso de formação musical para professores da rede pública. Está também escrevendo a metodologia de bateria e percussão do Projeto Guri. Tem tocado com Flávia Bittencourt no Rio de Janeiro, com Taís Reganelli e Quarteto de Cordas Vocais em São Paulo. Atualmente é coordenador pedagógico da Editora Anacruse e tem tocado como músico convidado das orquestras sinfônica de Campinas (OSMC) da Unicamp (OSU), tocando com artistas como: Ivan Lins, Frejat, Zeca Baleiro, Skank, Banda Blitz e Jota Quest.
Em 2016 esteve por quatro meses como professor (faculty) da Swarnabhoomi Academy of Music em Chennai (Índia).
Thadeu Romano – Iniciou seus estudos em música aos 15 anos e em pouco tempo já se apresentava em concertos para acordeon. Seu repertório eclético e muito vasto abrange do popular ao erudito e o levou a tocar ao lado de grandes nomes de nossa música como Roberta Miranda, Levi Ramiro, Sérgio Reis, Renato Teixeira, Júlio Santín, Milton Araújo, Zéca Collares, Vidal França, Chico Moreira, Toninho Ferragutti, Dominguinhos, Meia Dúzia de 3 ou 4, Trio Nordestino, Trio Virgulino, Miltinho Edilberto, Trio Forrozão e Mateus & Cristiano. Thadeu é um músico inquieto e ávido por novas experiência musicais, assim faz aulas de especialização do toque do acordeon com Toninho Ferragutti, e técnicas de Bandoneon com Cezar Campeiro. Atualmente faz shows com Sérgio Reis, Renato Teixeira e participações com a banda do Jô no Programa do Jô.