O denominado “estilo do trombonista de gafieira” – que se destaca pelo toque de sopro um tanto rasgado –, foi desenvolvido pelo músico carioca Raul de Barros (1915 – 2009), um dos trombonistas mais renomados da história da música brasileira. Raul de Barros iniciou sua trajetória como músico aos 20 anos, atuando em clubes do subúrbio do Rio de Janeiro. Em 1955, a revista O Cruzeiro o homenageou como o trombonista mais destacado do Brasil. Durante sua carreira, ele teve a oportunidade de tocar ao lado de grandes figuras da música brasileira, incluindo Ary Barroso, Pixinguinha e Radamés Gnattali. Em 1983, lançou um álbum marcante, intitulado O Trombone de Ouro, que trouxe obras-primas como Doce de Coco, de Jacob do Bandolim, Copacabana, de João de Barro e Alberto Ribeiro, Pedacinhos do Céu, de Waldyr Azevedo, além de Carinhoso, de Pixinguinha e João de Barro. Pela Gravadora Discos Marcus Pereira imortalizou, no LP Brasil Trombone – com texto de apresentação escrito pelo crítico e pesquisador musical Lúcio Rangel -, clássicos, como Chorinho de gafieira, Na Glória, Violão vadio, Baltazar, entre outros, tocando com um regional integrado por Dino (Horondino Silva) e Meira aos violões de 7 e 6 cordas, respectivamente, Canhoto, no cavaquinho, e Abel Ferreira, no clarinete.
A importância deste músico genial no cenário do choro e da música instrumental brasileira me chamou a atenção e me trouxe à produção deste material.
O livro reúne matérias jornalísticas, notas e entrevistas com Raul de Barros e sua companheira Gilda de Barros, publicadas na imprensa do Rio de Janeiro, entre as décadas de 1940 e 1970.
A fonte utilizada na pesquisa foi o acervo da Hemeroteca Digital Brasileira, da Biblioteca Nacional. Além deste conteúdo ilustrado cujas imagens o leitor pode ver acessando o QR code ao final do livro, o mesmo também traz um artigo da pesquisadora Nana Vaz, escrito antes do falecimento de Raul de Barros. No mesmo ela ressalta a significativa trajetória do músico e a importância dele ser referenciado ainda em vida.
Sem pretensão de ser um conteúdo definitivo sobre Raul de Barros, muito pelo contrário, é um material inicial, espero estar contribuindo para lançar luz em sua biografia, levando adiante a vida e a obra deste músico popular brasileiro, que neste 2025 tem seus 110 anos de nascimento homenageados através desta singela iniciativa da Editora Flor Amorosa.
Leonor Bianchi
Organizadora
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