Por Lucas Guerra
Resumo: As relações dialógicas entre o choro e o frevo sempre estiveram presentes de alguma forma no fazer musical em Recife desde sua formação e consolidação até os dias atuais. Analisar os choros, assim como elementos “extramusicais” de um compositor como Capiba, que é considerado um ícone do frevo, trouxe à presente pesquisa importantes contribuições na busca pela compreensão dessas relações. Alicerçada por abordagens que tomam as músicas como fatos sociais e atribuem a esses elementos “extramusicais” um papel importante para a compreensão das obras, assim apontado por autores como José Geraldo Vince de Moraes e John Blacking. A partir de depoimentos de músicos e atores sociais importantes nessa teia de relações sócio-musicais, percebeu-se que o trânsito dos músicos nessa cidade tem forte ligação com o fluxo musical desses dois gêneros em questão e desempenha um papel fundamental nessas questões dialógicas. Já nas análises das partituras, encontramos vários elementos musicais que foram transportados por Capiba de sua prática composicional dentro da linguagem do frevo para os seus choros, comprovando assim a existência desses diálogos.
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