Leonor Bianchi
Até pouco tempo, mais precisamente o ano de 2016, o mundo conhecia como sendo o dia 23 de abril – que inclusive virou o Dia Nacional do Choro, no ano de 2000, através de uma lei federal -, como sendo o dia de nascimento de Alfredo da Rocha Viana Júnior, o chorão Pixinguinha.
Contudo, uma pesquisa feita pelo Instituto Moreira Salles, coordenada pela pesquisadora Bia Paes Leme, com atuação do pianista Alexandre Dias, descobriu no cartório onde Pixinguinha foi registrado, no Rio de Janeiro, uma certidão com a data do dia 4 de maio de 1897 como sendo a data verdadeira do nascimento de Pixinguinha.
Jacob do Bandolim foi quem percebeu o ano correto
A controvérsia sobre a data do aniversário de Pixinguinha surgiu – ou desapareceu -, em 1968 quando muitos músicos e o Museu da Imagem e do Som/ RJ preparavam uma homenagem para os 70 anos de Pixinguinha e foram surpreendidos com uma análise mais minuciosa feita por Jacob do Bandolim a certidão de nascimento de Pixinguinha, tendo descoberto este que o ano em que Pixinguinha havia nascido não era 1898,como o próprio músico dizia (por acreditar), e sim 1897. Naquele ano uma dezena de homenagens para Pixinguinha já estavam programadas. Todas elas aconteceram mesmo assim, inclusive o segundo depoimento de Pixinguinha ao Museu da Imagem e do Som para série depoimentos para a posteridade no qual um dos entrevistados foi Jacob do Bandolim. Mas ele também foi recebido por Hermínio Bello de Carvalho, o próprio diretor do Museu da Imagem e do Som naquele período, Ricardo Cravo Albin, por Paulo Tapajós entre outros músicos e jornalistas.
Dia Nacional do Choro faz 22 anos
A lei federal que criou o Dia Nacional do Choro foi impulsionada por iniciativa do grande chorão-bandolinista de Brasília Hamilton de Holanda e está fazendo 22 anos.
Recentemente, o choro está ganhando o selo de Patrimônio Cultural do Brasil. Fiz algumas denúncias referentes a esse processo que transforma o choro em patrimônio. Clique aqui e assista aos vídeos denunciativos.