Multi-instrumentista, Luiz Eulógio Zilli tocou acordeon, piano, saxofone, violão, pífaro, gaita, cavaquinho, bandolim e violino, instrumento que dominou e estudou desde a infância com o professor Ludovico Seyer.

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Nascido em 13 de setembro de 1907, na pequena cidade de Morretes, no Paraná, frequentou o Conservatório do Paraná, em Curitiba, que na época era dirigido pelo Maestro Leo Kessler, também citado no Songbook do Choro Curitibano, como já vimos em outro verbete desta série. Em Curitiba também teve aulas particulares com o maestro Bento Mossurunga.

Um ano após Pixinguinha e os Oito Batutas voltarem de Paris introduzindo novos instrumentos de sopro, como o saxofone, na música popular brasileira,  Luiz criou a Curitiba Jazz Band. A banda teve intensa atuação até 1926.

Nessa época, quando o cinema ainda era mudo, ele tocava em todas as salas de cinema de Curitiba. Luiz Eulógio participou de inúmeras orquestras, mas também foi solista.

Entre os anos de 1922 e 1952 trabalhou como violinista da Catedral Metropolitana de Curitiba. Como  violinista atuou também por 14 anos na Orquestra do Clube Concórdia, da qual foi fundador e spalla.

Outras importantes contribuições de Zille à música curitibana foram a sua direção por mais de 30 anos ao corpo do Coral Pio X, da Catedral Metropolitana, e a fundação e direção da Associação Orfeônica de Curitiba – um coral misto, que apresentou 44 concertos em teatros e conquistou o primeiro lugar no primeiro concurso de corais realizado pela secretaria de Educação de Curitiba, em outubro de 1957. Zilli também esteve entre os fundadores da importante Escola de Música e Belas Artes do Paraná.

Integrou uma geração de precursores do choro e como um músico que dialogava com as novas referências que surgiam na cultura de seu tempo, compôs maxixes, valsas… mas dedicou grande parte de suas composições a hinos e músicas instrumentais. Sua atuação  extrapolou também para o canto, além de ter sido um excelente arranjador.

O songbook destaca as composições ‘Cheira Pescoço’ (maxixe), Nair (valsa) e ‘Vá pra praia’ (maxixe) de Luiz Eulógio Zilli.