Leonor Bianchi
O bandolinista Walter Scheibel nasceu numa família extremamente musical. Todos os seus irmãos tocavam algum instrumento e sua mãe, D. Alaíde, foi sua primeira professora de música.
Muito antes de conhecer o bandolim Walter iniciou seus estudos tocando violão e depois gaita.
Natural de Florianópolis, do dia 12 de outubro de 1934, Walter tocou em várias rádios da cidade, como na rádio Anita Garibaldi, Dário da Manhã e rádio Guarujá.
No seu tempo era normal que os músicos tivessem outra profissão, e ele optou pela carreira militar nas Forças Aéreas Brasileiras (FAB). E foi justamente em função de sua profissão, que o bandolinista mudou-se para Porto Alegre, em 1963.
Na capital do Rio Grande do Sul, Walter começou a tocar guitarra. Era a época da Jovem Guarda e ele passou a se apresentar em saraus e bailes dançantes da cidade. A guitarra era o instrumento da moda naquela época e ele fez muito sucesso neste circuito dos clubes onde se apresentou.
Praticamente uma década depois, em 1972, Walter mudou-se definitivamente para Curitiba. Lá conheceu o já mencionado nesta série, Janguito do Rosário e Arlindo 7 Cordas.
Em Curitiba participou de muitos grupos de samba, seresta e choro, como o Arco da Velha, e também seguiu com suas apresentações em clubes, como no Curitibano, em casas de música, como na Nilo Samba e Choro e em festas particulares.
Em seu repertório, sempre apresentou composições próprias e clássicos do choro.
Uma curiosidade interessante é a palavra que Walter criou para se autodesignar: “catiguaupa”. Ele diz que é uma expressão para abranger as três localidades onde viveu: Florianópolis, Porto Alegre e Curitiba, cidade a qual, segundo o bandolinista pertence seu coração.
O Songbook destaca suas composições: Dinâmico (choro), Nina (valsa), Retrato de Jacob (choro) e Só de leve (choro).