Leonor Bianchi
O chorão Pixinguinha, Alfredo da Rocha Viana Filho (1897) foi declarado patrono da Música Brasileira por meio de uma lei sancionada pelo presidente Lula e publicada no Diário Oficial da União na edição desta sexta-feira 12 de setembro.
A decisão havia sido decretada pelo Congresso Nacional.
A mesma a lei também deu o mesmo título ao compositor Lupicínio Rodrigues.
Pixinguinha foi compositor, arranjador, maestro e considerado um dos pilares da música brasileira.
Conheceu a música dentro de casa, no Rio de Janeiro, onde nasceu Treaves do pai, Alfredo da Rocha Viana, que era músico. Foi o caçula de 13 irmãos, todos músicos. Já moço, como flautista criou o grupo “Os Oito Batutas”, primeiro região de músicos brasileiros negros a se apresentar na França, para onde viajaram em 1922. O grupo também fez turnê na Argentina e algumas excursões pelo Brasil.
Fez a passagem em 1973, em pleno carnaval, durante o batizado de um de seus afilhados, na igreja de Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, no Rio de Janeiro. São de sua autoria os choros mais conhecidos da história, como “Carinhoso” e “Rosa”.
Lupicínio Rodrigues nasceu em Porto Alegre, em 1914, e cantou o sofrimento por amor. Chegou a morar alguns meses no Rio de Janeiro, mas foi realmente na capital gaúcha que viveu as histórias das músicas que compunha.
É autor de “Nervos de Aço”, “Esses moços” e “Loucura”.
Falecido no ano seguinte a Pixinguinha, foi um amante inverterado do Grêmio, time tradicional em Porto Alegre, para quem chegou a compor o hino.