Quem não é do litoral sul do Brasil não deve conhecer um instrumento de três cordas de arame chamado machete. Foi com um instrumento deste, que o cavaquinista Janguito do Rosário teve seu primeiro contato com a música, ainda criança. Natural de Joinville, Santa Catarina, nasceu em 24 de junho de 1923.  Desde cedo foi incentivado pelo pai a ter contato com a música.

Sua história com choro curitibano começa na década de 40 quando chegou à capital paranaense e começou a trabalhar tocando e fazendo logo muitos amigos no antigo Cassino do Ahú.

Janguito foi um músico muito ativo e durante sua carreira participou de inúmeros conjuntos, mas foi sempre à frente do Regional da Rádio RB-2, conhecido como Regional B2, que atuou por mais tempo. Integrou também os famosos conjuntos de Curitiba, na época, Diabos do Ritmo e Os Sete de Ouro e gravou com o Regional Arco-da-Velha duas faixas do disco de Dirceu Graeser intitulado O Som do Samba no Sul.

Com o Regional do Janguito organizou uma formação com personalidades muito atuantes na cena do choro curitibano.

Janguito foi tão atuante enquanto músico, que participou de mais de 6 mil apresentações no Paraná. Contudo, ainda que tivesse tanta popularidade permaneceu humilde quando lhe foi oferecido o Título de Cidadão Honorário de Curitiba. A comenda foi recusada três vezes por Janguito. Ele dizia que todos os outros integrantes do regional também deveriam receber o título por terem colaborador com a cultura paranaense e não só ele.

Foi uma vida dedicada à música e mais de 40 anos dedicados à música curitibana. Janguito faleceu no dia 17 de novembro de 1984 deixando para a história da música paranaense um importante legado.

O Songbook destaca a partitura de seu choro ‘Um adeus para Waldir’.