JACOB DO BANDOLIM E SUA MITOMANIA

Leonor Bianchi

Dentre os vários defeitos do bandolinista Jacob Pick Bitencourt, o Jacob do Bandolim, está a mitomania. Exatamente. Já homem feito, servidor público, e perto do final da sua vida, que foi curta… esse surtado, idolatrado por uma escola bolsonarista, nazista e fascista, começou a escrever uma autobiografia cheia de mentiras. Inacreditável? Nada. Verdade. Mentira foi o que ele escreveu sobre sua vida, seu nascimento, sua origem… e os detentores do seu acervo exibiram na internet sem se dar conta de que estavam mostrando uma faceta apavorante do ‘músico’. Músico?

Nessa autobiografia fake news, que não chegou a ser finalizada, Jacob disse que nasceu no bairro nobre das Laranjeiras, Zona Sul do Rio de Janeiro, mas todos hoje sabem que ele nasceu na Rua Joaquim Silva, bairro da Lapa, Zona Central do Rio de Janeiro, região do baixo meretrício, num muquifo, onde sua mãe, Raquel Pick, era cafetina; e ali ele cresceu.

Daí por diante as mentiras só aumentam nessa ‘autobiografia’, que traduz muito bem o nível da doença desse homem, tido como um ícone por uma multidão, um secto de outros instrumentistas que mais parecem cultuar um Deus. Todos, ou grande parte, enganados até hoje por quem detém o acervo de Jacob do Bandolim, que tentam fazer dele o herói branco da música brasileira se favorecendo com editais de cultura apresentando este acervo como bem entendem e a quem bem entendem.

O que é mitomania

Se você perguntar ao Google o que é mitomania, sem precisar de um psicanalista para te responder, rapidamente a Inteligência Artificial vai responder:

“Mitomania é um transtorno psicológico que se caracteriza por uma tendência compulsiva e patológica de mentir, muitas vezes de forma deliberada. É também conhecida como pseudologia fantástica ou mentira patológica.

A mitomania é diferente de mentir ocasionalmente ou exagerar em algumas situações sociais, pois é um padrão persistente de comportamento. As pessoas com mitomania acreditam em suas próprias mentiras, o que pode dificultar seus relacionamentos e a forma como são vistas pelos outros.”

Aprisionadores do seu acervo exibem ‘autobiografia’ mentirosa como joia rara

Realmente só rindo, ou chorando… porque a gravidade da coisa é séria e o público, que mal conhece a história do músico, não se dá conta da fantasia criada em torno dele por oportunistas, que só visam lucrar com seu acervo. Além de cultuarem o preconceituoso, racista, casado, mas mulherengo Jacob do Bandolim, os detentores do seu acervo exibem esta ‘autobiografia’ como se fosse uma pérola perdida no oceano que é o acervo de Jacob de Bandolim.

A prova disso é a matéria abaixo, que eles devem ter pago para o jornal O Globo publicar. Isso, jornal O Globo, o mesmo que tem acordo com a Casa do Choro, onde a Luciana Rabello – coordenadora desse equipamento criminoso de cultura -, rasga milhões, mas não anuncia na Revista do Choro, a única imprensa especializada em choro que existe no mundo, com o intuito de boicotar a publicação.

“Documento inédito de Jacob do Bandolim é uma das joias da música nacional guardadas em acervos virtuais; veja outras

Partituras, cartas, fotos e áudios estão entre as relíquias de instituições como o IMS e o MIS, que teve sua sede da Lapa reaberta para o público recentemente

O Globo

10/07/2021 – 05:00 / Atualizado em 12/07/2021 – 15:25

Trecho da autobiografia de duas páginas datilografada por Jacob do Bandolim, que o MIS disponibiliza em áudio para o público, neste sábado (10/7). Foto: Divulgação

Além do MIS, outras instituições disponibilizam on-line ricos acervos que guardam pérolas da música brasileira. É o caso do MIS de São Paulo, do Instituto Moreira Salles e da Fundação Casa Rui Barbosa, entre outros. A seguir, alguns destaques dessas instituições.

Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro

Depois de um ano e meio fechado, o MIS da Lapa está novamente de portas abertas e com um percurso expositivo que revela tesouros relacionados a ícones da música brasileira. Estão lá, por exemplo, um violão de sete cordas que pertenceu a Raphael Rabello (1962-1995), um bandolim que foi de Jacob do Bandolim (1918-1969) e um saxofone usado por Abel Ferreira (1915-1980), além de medalhas, flâmulas, documentos e fotos de figuras como Dalva de Oliveira (1917-1972).

No ambiente virtual, o MIS disponibiliza, a partir de hoje, um documento inédito, achado em meio ao acervo da casa de mais de 350 mil itens. São duas folhas datilografadas por Jacob do Bandolim nas quais o músico faz um relato autobiográfico, contando um pouco de sua história. O texto ganhou vídeo encenado e locução que está disponível a partir de hoje na Rádio MIS (radiomisrj.com.br).

— Nós descobrimos este documento em abril, é uma pérola, uma dádiva. São duas folhas, não tem uma data específica, mas é inédito, esteve guardado por anos. Resolvemos disponibilizar para o público perceber a importância desse registro — diz Cesar Miranda Ribeiro, presidente do museu.

O site do MIS também tem uma exposição on-line com objetos emblemáticos do acervo. Batizada de “Museu Virtual”, a seção reúne dez peças, entre elas um prato de João da Baiana (1887-1974), uma caixa de música de Waldir Azevedo (1923-1980) e o que é considerado o primeiro rádio a pilhas do Brasil — presente de Carmen Miranda para o radialista e cantor Almirante. A mostra tem apresentações em 3D dos objetos, com fichas técnicas, fotos e textos adicionais.”

Casa do Choro é denunciada ao MP junto com o MIS RJ e Instituto Jacob do Bandolim

Envolvidos em diversos crimes contra mim ao longo dos últimos 10 anos, os órgãos e entidades acima foram denunciados, recentemente, ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, e devem responder pelas suas ações.

Dentre os crimes cometidos estão perseguição, assédios moral e sexual, peculato, estelionato, prevaricação, corrupção ativa e passiva, associação criminosa, agressão à mulher, dentre outros.