Choro é o tema do Bossamoderna deste domingo com Tarik de Souza


Redação

O programa Bossamoderna de amanhã aborda o choro, gênero ancestral da música brasileira que sempre imantou os modernistas. Como o requintado Tamba Trio, a bordo do “Chorinho no. 1”, de Durval Ferreira. O saxofonista carioca Leo Gandelman celebra um clássico de Severino Rangel, o paraibano Ratinho, da dupla com Jararaca, “Saxofone porque choras?”, e também “Espinha de bacalhau”, de outro Severino, o Araújo, maestro da Orquestra Tabajara.
 
Também de Araújo é o “Chorinho pra você”, gravado pelo paulistano Trio Corrente e o sax/clarinetista cubano Paquito D’Rivera, no disco “Song for Maura”, de 2013. O mesmo grupo dá novo show com seu convidado cubano em outro clássico do choro, “Um a zero”, de Pixinguinha e Benedito Lacerda, gravado pela dupla original, em 1946.
 
Quanto a choro, não poderia faltar o gênio do cavaquinho Waldir Azevedo. É dele “Sobe e desce”, de 1961, revisitado pelo grupo liderado pelo trombonista sergipano Zé da Velha e o trompetista fluminense Silvério Pontes. Eles também tocam “Esquerdinho na gafieira”, do grande flautista Altamiro Carrilho.
 
Uruguaio criado no Rio, Taiguara, convocou o pai, o bandoneonista Ubirajara Silva para dar um perfume de tango a seu choro epistolar escrito do exílio inglês, em 1973, para o amigo e músico Eduardo Souto Neto: “Cartinha pro Leblon”. E já que falamos em fusão com o gênero portenho, o violonista gaúcho Yamandu Costa empreende o seu “Choro tango”, peça inicial da “Suíte impressões brasileiras”.
 
Ainda é Yamandu quem divide com o baixolão e contrabaixo acústico de outro conterrâneo Guto Wirtti, a releitura de “Sandoval em Bonsucesso”, do maestro Carioca, lançado em 1947. Do mesmo núcleo de chorões gaúchos, o bandolinista Luis Barcellos também gravou disco solo, liderando um grupo, em 2013. A faixa “Quebrando tudo” é de autoria de Marlon Julio. Mais um gaúcho, o acordeonista Bebê Kramer, em seu disco “A casa” contou com o bandolim do carioca criado em Brasília, Hamilton de Holanda: “Choro esperança”.
 
Do Rio Grande do Sul para o Rio Grande do Norte, onde o sanfoneiro Lulinha Alencar repesca uma preciosidade do início da carreira do rei do baião, o pernambucano Luiz Gonzaga, “Aquele chorinho”, de 1942. O grupo carioca Arranco de Varsóvia singra “Um choro”, do mineiro Sérgio Santos e o carioca Paulo César Pinheiro.
 
Também letrado é o choro “Confusão”, que a cantora Cris Delano, uma carioca nascida no Texas, escreveu com o músico e programador Alex Moreira e Marisa Gorberg.
 
E o fecho desta edição dedicada ao choro é uma surpreendente incursão no gênero de um dos inventores da bossa nova, o pianista, compositor e arranjador acreano João Donato: “No Clube do choro”, de autoria dele. 

Ouça

http://radios.ebc.com.br/bossamoderna/edicao/2015-12/domingo-tem-choro-no-bossamoderna
 
Bossamoderna vai ao ar todo domingo às 22h na MEC FM Rio. Envie seus pedidos de músicas, participação ou informações da programação também pelo Whatsapp (21) 99710-0537.

 

Produtor: Tarik de Souza

Fonte: EBC
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Author: imprensabr